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Londrina declara guerra às cortadeiras

Formigas se espalharam por áreas verdes e chamaram a atenção de voluntários preocupados com a praga

Lis Sayuri
Formigueiro gigante ameaça árvore nas imediações do Lago Igapó 2: local foi ponto para instruções de extermínio
Londrina - Integrantes do projeto Viva Londrina, ação de voluntariado apoiada por entidades representativas, empresas e órgãos do poder público, estiveram ontem pela manhã na área verde ao redor do Lago Igapó para orientar a comunidade sobre formas de controlar as formigas cortadeiras.

Segundo o engenheiro agrônomo Pedro Francio Filho, um dos voluntários, a cortadeira está presente em todas as áreas verdes londrinenses, em muitos casos causando danos severos a árvores e outras plantas. Em situações mais extremas, podem levar à morte da espécie atacada.

"Eu diria que hoje, num patamar de gravidade entre zero e 10, a situação nas áreas verdes de Londrina está em 9", afirmou. O grupo planeja manter atividades de controle no Igapó nas próximas semanas, e quer que a comunidade ajude nesse trabalho. "A ideia é que cada um 'adote' um formigueiro", explicou o engenheiro agrônomo.

A orientação foi feita porque, de acordo com Francio, mesmo quem procura tomar medidas para controle de cortadeiras acaba cometendo erros por desconhecimento: compra de produto inadequado, dosagem errada.

Para o controle das cortadeiras, deve ser utilizada isca formicida granulada. O primeiro passo é calcular a área de terra solta pela ação das cortadeiras. A cada metro quadrado de terra solta, devem ser aplicados entre 10 e 30 gramas de isca. A aplicação deve ser feita diretamente das embalagens, sem contato com as mãos, ao longo dos carreiros (trilhas feitas pelas formigas) e a 20 centímetros dos olheiros, os buracos dos formigueiros.

Para as ações no Igapó, o Viva Londrina vai utilizar formicida disponibilizado por uma empresa. Quem sofre com o problema em casa ou na sua propriedade rural pode comprar o produto em casas agropecuárias.

O aposentado Sebastião Macedo soube do evento e foi buscar orientação porque tem percebido a ação das cortadeiras nas árvores do seu sítio, entre Sertanópolis e Bela Vista do Paraíso (Região Metropolitana). Já tentou fazer o controle antes, mas não deu certo porque o produto que comprou foi ineficiente. "Por um tempo, parece que resolve, mas depois elas voltam", lamentou.
Fábio Galão
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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