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Médico apresenta no Canadá técnica para remissão de Diabetes em Obesos‏




A medicina está dando uma nova chance para pessoas que possuem diabetes tipo 2 – a forma mais comum da doença e que afeta geralmente pessoas obesas – de voltarem a ter uma vida saudável. Um recente estudo feito no Brasil mostrou que a cirurgia bariátrica pode auxiliar no combate a este tipo de diabete em pessoas com obesidade leve.
O professor e cirurgião curitibano, Caetano Marchesini, está em Montreal, no Canadá, onde apresentou – para 2.200 congressistas de todo o mundo - uma técnica de cirurgia bariátrica que possui um efeito potencialmente maior sobre o controle da diabetes tipo 2 e do colesterol alto em pessoas obesas.
A técnica chamada “Duodenal Switch” foi apresentada no XIX Congresso Mundial de Cirurgia Bariátrica (IFSO 2014), realizado entre os dias 26 e 28 de agosto, em Montreal.  A IFSO é uma organização científica mundial, composta por mais de 40 associações médicas oficiais, cujo maior objetivo é compartilhar informações para o desafio da Cirurgia Bariátrica.
No Paraná, Caetano Marchesini atingiu índices de remissão do diabetes superiores a 90% em seus pacientes, utilizando a cirurgia bariátrica.
 “Os resultados a curto e longo prazo da melhora da doença, são infinitamente superiores aos resultados do tratamento para o diabetes com qualquer tipo de medicamento. Isso se deve ao fato de que os remédios não conseguem interromper a evolução natural das complicações da doença. No entanto, a cirurgia consegue frear a evolução deste processo“, compara o cirurgião.
Cirurgia bariátrica e a remissão da Diabetes – A mais recente pesquisa, publicado na revista Diabetes Care, da Associação Americana de Diabete, avaliou 66 pacientes com obesidade moderada (índice de massa corporal entre 30 e 35 kg/m²). Cerca de 88% dos participantes tiveram remissão do diabetes – os médicos não costumam falar em cura. Depois de um período que variou de 3 a 26 semanas, eles deixaram de utilizar remédios orais e, desde a cirurgia, os sintomas não retornaram. Nos demais pacientes, mais de 11% registraram melhora no controle de açúcar no sangue.
PANDEMIA – Por ser uma doença silenciosa, o Diabetes já pode aparecer com consequências graves como, por exemplo, a existência de doenças coronarianas, cegueira e impotência sexual.
“O diabetes é considerado uma pandemia no mundo e que traz consequência à saúde financeira dos países”, ressalta Caetano.
 Dados da Federação Internacional de Diabetes mostram que 4,8 milhões de pessoas morreram no ano de 2012 da doença. Além disso, em todo o mundo foram gastos U$ 471 bilhões no tratamento do Diabetes. Apenas no Brasil foram gastos - no mesmo ano - R$500 milhões pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar pacientes diagnosticados com Diabetes tipo 2 e doenças associadas, conforme estudo da Universidade de Brasília (UNB) e Ministério da Saúde.
A diabetes caracteriza-se por níveis de açúcar elevados no sangue de forma crônica, freqüentemente acompanhada do aumento da gordura no sangue – triglicerídeos e colesterol, pressão alta e problemas vasculares.


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