[Fechar]

Últimas notícias

Londrina terá polo industrial até 2016, diz Kireeff

Empréstimo de R$ 20 milhões permitirá desapropriação de áreas e implantação de infraestrutura em parque na região noroeste

Anderson Coelho
Prefeito citou que a localização do PIL Noroeste garantirá empregos nas zonas norte e oeste de Londrina
O prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff, anunciou ontem um pacote de ações dentro do programa Londrina Pra Frente, que inclui a desapropriação de duas áreas para polos industriais, a implantação do primeiro parque até dezembro de 2016 e a ampliação do Aeroporto Governador José Richa. As obras serão custeadas por R$ 50 milhões financiados junto ao governo do Estado e visam facilitar a atração de empresas para a cidade.

Os empréstimos precisam ser aprovados pela Câmara de Vereadores, que deve receber o projeto de lei do Executivo nas próximas semanas. Kireeff assinou ontem decretos que declaram de utilidade pública a área na zona noroeste, pertencente à Companhia de Habitação (Cohab) de Londrina, e outra na zona sul, próxima à PR-445. As desapropriações e o término das obras de infraestrutura no primeiro parque receberão R$ 20 milhões.

Próxima à avenida Saul Elkind, a área da Cohab de 1,127 milhão de metros quadrados (m²) passará a ser chamada de Polo Industrial Londrina (PIL) Noroeste e será dividida em 272 lotes de mais de 2 mil m², que serão comercializados ou licitados. A ideia é criar uma alternativa à política de doação de terrenos a empresas, possibilidade que não será descartada, por meio de um sistema de financiamento de longo prazo.

Os recursos da venda possibilitarão a implantação do PIL Sul, próximo à PR-445, voltado a indústrias mais pesadas e que necessitem de acesso mais facilitado ao Porto de Paranaguá, por meio da rodovia ou da linha férrea que passa por Marilândia do Sul, segundo Kireeff. "O modelo de negócio é autossustentável, expande e cria uma solução complementar, que é a capitalização da Cohab."

O prefeito ainda citou que a localização do PIL Noroeste garantirá empregos nas zonas norte e oeste de Londrina, o que permitirá criar polos demográficos e melhorar a mobilidade urbana. Para o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Veronesi, os dois parques comportarão até 500 indústrias. "Londrina poderá fazer um trabalho de promoção para atração de indústrias, porque poderemos dar uma solução rápida para os empresários."

Veronesi afirmou que foi feito um estudo que comparou Londrina com cidades do mesmo porte, como Joinville (SC), Caxias do Sul (RS) e Ribeirão Preto (SP). Ele disse que as três receberam em média R$ 350 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 2012, enquanto os londrinenses ficaram com R$ 130 milhões, o que mostra a necessidade de se ter uma industrialização consistente. "Imaginem ter R$ 200 milhões de recursos livres a mais todos os anos para poder investir em educação, saúde e na própria infraestrutura da cidade", disse.

De fora
Kireeff disse que os parques industriais que ainda esperam por infraestrutura para a instalação de empresas não serão contemplados no pacote anunciado ontem, como é o caso do lote 70-A da Gleba Lindóia, para o qual os empresários aguardam infraestrutura para entrar em terrenos doados, e no Buena Vista, no qual o loteamento de 1997 não exigia nem mesmo asfalto. "Temos outra solução, com recursos próprios e em parceria", adiantou.
Fábio Galiotto Reportagem local-FOLHA DE LONDRINA
UA-102978914-2