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Som automotivo para todos os gostos e bolsos

Apaixonados não medem esforço e dinheiro para equipar o carro, mas é preciso atentar-se às regras que definem o uso dos acessórios

Theo Marques
Wagner de Almeida, da Aterrorizasom: "No meu caso é até uma configuração modesta"
O som é um dos acessórios mais procurados por quem compra um veículo. Quando não é item de série, as chances do comprador pedir para incluírem o aparelho ou buscar em lojas do ramo são altas. Líder de vendas, os modelos de som são variados. Contemplam desde o consumidor que busca apenas o conforto de dirigir ouvindo as músicas favoritas, até quem quer transformar o carro em praticamente uma balada itinerante.

Na Furuta Áudio Car, os modelos mais procurados são os básicos. O kit inclui o som e quatro alto-falantes e sai por volta de R$ 600. Com peças um pouco mais caras, o segmento chamado de "qualidade interna" inclui amplificador, subwoofer e até central multimídia. "É aquele cliente que deseja um som excelente, que não ocupe muito espaço e investe nisso, até porque passamos tanto tempo dentro do carro, presos em congestionamentos, que não dá pra ficar sem música para acompanhar", explica o gerente da loja, André Santos.

Para montar um modelo como esse o preço varia de R$ 2 mil a R$ 20 mil, dependendo da quantidade e do tipo dos acessórios escolhidos. Quanto ao aparelho de som, a tecnologia traz versões com DVD, entrada USB e Bluetooth, que permite ainda ligação direta com smartphones. "É possível ouvir as músicas que estão no celular sem utilização de cabos e também atender ligações, o que traz mais segurança para dirigir", explica Santos.

Outro segmento no mercado de som automotivo é o chamado "pancadão". Nele, os alto-falantes e subwoofers – muitos e grandes – geralmente são instalados no porta-malas, em caixas de madeira. Quanto mais alto, melhor. "Geralmente é para as disputas chamadas de rachas de som. Nesse caso, é possível gastar até um pouco menos, entre R$ 1,5 mil e R$ 5 mil, já que alguns dos produtos podem ser encontrados por preços mais acessíveis. Depende do que o cliente busca", avalia Santos.

RACHA

Os participantes dos rachas são apaixonados por som automotivo. O assistente de produção Wagner de Almeida é diretor da Equipe Aterrorizasom, de Campo Magro (Região Metropolitana de Curitiba), que nasceu em 2011 e disputa campeonatos em todo o País. Com 50 integrantes, o grupo se reúne nos fins de semana para conversar sobre os modelos, trocar ideias sobre equipamentos, combinar a participação nas competições e, claro, ouvir o som. Alto, bem alto.

"É um hobby. Estar com os amigos, confraternizar e poder conferir os equipamentos é uma paixão", declara Almeida, que equipou o carro com dois subwoofers de 12, um módulo, quatro cornetas e dois tweeters. "No meu caso é até uma configuração modesta. Você monta aos poucos, dependendo do estilo que busca, do tipo do carro e das possibilidades financeiras. Dá pra gastar de R$ 5 mil a R$ 80 mil, não há limite", observa.

O grande momento ocorre nas competições. Nos rachas de som, dois carros são colocados lado a lado, geralmente em uma chácara afastada ou até em espaços de casas noturnas, e disputam entre si. Um juiz, com aparelhos medidores específicos, julga quem se destaca. "O porta-malas fica aberto e ele mede a potência e a batida do som", explica Almeida.

folha de londrina
Marcos Martins
Especial para a FOLHA
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