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MP-PR denuncia treze pessoas por golpe imobiliário em Londrina

Grupo vendeu sobrados de alto padrão, mas nunca entregou os imóveis.
Ao todo, 234 vítimas perderam aproximadamente R$ 77 milhões juntas.

Luciane CordeiroDo G1 PR
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) entrou com dez ações criminais contra 13 pessoas acusadas de aplicarem golpes imobiliários em Londrina, no norte do Paraná. Ao todo, 234 vítimas perderam bens e dinheiro por acreditarem que estavam comprando imóveis que nunca foram entregues. A promotoria denunciou proprietários, diretores e funcionários da construtora Iguaçu do Brasil, e o cartorário que dava licitude aos contratos. A denúncia foi feita na segunda-feira (9), porém divulgada nesta quarta-feira (11).

A Iguaçu do Brasil recebeu o dinheiro das vendas, porém não entregou os imóveis e também não pagou os proprietários dos lotes. O MP-PR estima que foram desviados aproximadamente R$ 77 milhões.
Segundo a promotoria, os denunciados criaram a empresa Iguaçu do Brasil em nome de laranjas e dessa forma conseguiam aplicar golpes no município. Com a empresa montada, os acusados compravam terrenos de investidores e, antes do início das obras e do pagamento dos valores dos terrenos aos donos dos lotes, os sobrados eram vendidos.
O promotor Jorge Fernando Barreto da Costa diz que os denunciados nunca tiveram intenção de construir os imóveis anunciados. “Fazia parte do golpe não transferir o dinheiro para a própria construtora. Os denunciados enviavam o dinheiro recebido pelos imóveis para uma empresa falsa de compra e venda de veículos. Dessa forma eles esquentavam o dinheiro e não ficava registrado que eles receberam o montante. Os próprios donos da Construtora Iguaçu criaram essa empresa de fachada para desviar o dinheiro”,  detalha o promotor.
As treze pessoas foram denunciadas por formação de quadrilha e estelionato. Destes, oito já são réus em outra ação criminal aberta devido ao mesmo golpe imobiliário.
Entre os denunciados estão Guidimar dos Anjos Guimarães, “sócio oculto” da construtora, e o dono da empresa, Carlos Alberto Campos de Oliveira, que é ex-prefeito de Mandaguari, no norte do estado.
G1 não conseguiu localizar os dois principais denunciados e representantes da Construtora Iguaçu do Brasil até as 18h desta quarta-feira.
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