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Sindicatos votam hoje fim da greve nas universidades

Das 11 entidades representativas de professores e servidores, oito farão assembleias nesta quinta-feira

 
Curitiba – A maioria dos 11 sindicatos que representam os técnicos e professores das universidades estaduais do Paraná realiza hoje assembleias gerais, para votar pelo fim ou pela continuidade da paralisação nas instituições. Na Universidade Estadual de Londrina (UEL), tanto a Assuel, dos servidores administrativos, como o Sindiprol/Aduel, dos docentes, começam a analisar as propostas do Governo do Estado pela manhã. O Sinteemar, dos técnicos da UEM (Maringá), e o Sintespo, dos trabalhadores da UEPG (Ponta Grossa), já decidiram suspender o movimento. No entanto, mantiveram o estado de greve.

As negociações do Executivo com as entidades avançaram anteontem, após uma reunião em Curitiba, intermediada pelo líder do governo na Assembleia Legislativa (AL), Luiz Claudio Romanelli (PMDB). Na ocasião, os sindicalistas e o secretário da Ciência e Tecnologia, João Carlos Gomes, assinaram um termo de compromisso, que foi endossado pelo chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra. A gestão do governador Beto Richa (PSDB) prometeu pagar o 1/3 de férias em parcela única até 31 de março e descartou a proposta de unificação dos fundos previdenciário e financeiro.

Outro avanço na pauta de reivindicações da categoria foi a revogação do Decreto nº 546/2015, que instituía um grupo de trabalho para debater a autonomia universitária. Romanelli garantiu que o tema só voltará à discussão quando houver uma demanda da comunidade acadêmica. "Como já havíamos feito com a APP Sindicato (dos professores da educação básica), assumimos com os representantes dos docentes vários compromissos. Considero que todas as reivindicações foram atendidas", afirmou o peemedebista.

Ficou acordado ainda que as partes irão elaborar uma agenda positiva a ser debatida com os sindicatos a partir de maio, incluindo a retirada das instituições do Meta 4, que é a base de dados de todos os servidores públicos do Estado, e a realização de concurso para contratação de docentes. "Continuamos, como sempre estivemos, abertos ao diálogo, para juntos trabalharmos para o melhor das nossas universidades", disse Gomes, por meio de nota.

Expectativa

Segundo o presidente da Assuel, Marcelo Seabra, os dois pontos que mais travavam as negociações eram os relativos aos fundos e à autonomia universitária. "Entendemos que, nesse momento, fazer um estudo para discutir a autonomia era temerário, porque o Estado mesmo diz que está em crise, sem dinheiro em caixa. Com certeza iria colocar valores muito baixos para o repasse às universidades. Então achamos que era mais prudente deixar a discussão para outro momento", avaliou.

Apesar do acordo, o sindicalista reiterou que não é possível adiantar um posicionamento. "Temos 3,6 mil servidores, de diversos locais. Vamos deixar que a categoria analise (as propostas) e decida se suspende a greve ou se dá continuidade", alegou.

Membro do comando de greve do Sintespo, que reúne professores e técnicos da UEPG, Ruan Ferraz contou que a categoria optou por manter o estado de greve porque aguarda o cumprimento das promessas por parte do governo. "Estamos em alerta com alguns itens da nossa pauta. Um exemplo é o 1/3 de férias, que deve ser pago no fim do mês", explicou.
Mariana Franco Ramos Reportagem Local-folha de londrina
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