Ao invés de creche, mato ocupa prédio
Ao invés de creche, mato ocupa prédio

Prefeitura desistiu de instalar a creche no antigo seminário capuchinho devido às adequações exigidas pelos bombeiros
Santo Antônio da Platina - Um imóvel construído em uma área com mais de dois mil metros quadrados, adquirido por R$ 1,05 milhão em outubro de 2013 pela prefeitura de Santo Antônio da Platina para a construção de um Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) está abandonado. Aprovado pelo Departamento de Engenharia e pela Secretária Municipal de Educação, o projeto foi descartado porque o prédio teria que receber diversas adaptações para atender às recomendações do Corpo de Bombeiros e receber o alvará de licença para funcionar. Porém, as reformas foram consideradas inviáveis pela Secretaria Municipal de Planejamento, e, um ano e meio depois, a estrutura continua sem nenhuma utilidade.
Localizado no Jardim Santa Cruz, o imóvel pertencia à Província São Lourenço de Brindes – Frades Capuchinhos do Paraná e Santa Catarina, onde funcionava o Seminário Nossa Senhora de Guadalupe. Com a saída dos Freis Capuchinhos do município, o prédio foi colocado à venda pelos religiosos para construírem uma nova casa em Curitiba. À época, frei Itamar Angonese revelou que Província havia desistido de outras ofertas, inclusive superiores ao valor negociado, para atender a prefeitura, pois o espaço seria adaptado para acolher crianças.
Diante da oportunidade e a necessidade, a Câmara de Vereadores fez a devolução de parte do duodécimo daquele ano para a aquisição do imóvel. A expectativa da Secretaria Municipal de Educação era que o novo Cmei começasse a funcionar no primeiro semestre de 2014, atendendo ao menos 350 crianças com idade entre 0 a 5 anos. O déficit de vagas para essa faixa etária no município é de mais de 800 vagas, que seriam supridas pela escola e outras três creches já em construção, com recursos do governo federal. No entanto, os planos do Executivo mudaram e desde então nenhuma alternativa foi apresentada, gerado muita cobrança por parte da população e, principalmente, do Legislativo.
Durante sessão na Câmara de Vereadores, no início deste mês, o vereador Aguinaldo Roberto do Carmo (PSC) exibiu imagens do prédio abandonado e cobrou medidas do Executivo. O parlamentar disse que pretende denunciar o caso ao Ministério Público. "Estamos falando de R$ 1 milhão em investimento para atender a população que, infelizmente, está largado às traças", protestou. Carmo reclamou ainda da falta de um vigilante no prédio, com isso, vários objetos já foram furtados do local. A prefeitura, segundo ele, alega não ter condições de contratar esse profissional. Além da creche, o prédio, na avaliação do vereador, poderia abrigar outras repartições municipais que atualmente estão instaladas em imóveis alugados.
JUSTIFICATIVA
O Secretário Municipal de Planejamento, Orlando Pimentel, justificou dizendo que a avaliação inicial para aquisição do imóvel não havia passado pelo crivo do Corpo de Bombeiros que, posteriormente, exigiu diversas adaptações para autorizar o funcionamento de uma creche no local. O investimento para as reformas, no entanto, foi considerado elevado diante de outras necessidades do município.
Pimental citou as três creches que estão sendo construídas com recursos federais, e que devem resolver o problema de vagas na educação infantil. "Levamos à Câmara de Vereadores outra proposta para utilização do espaço, como a transferência do Cras (Centro de Referência da Assistência Social) e o compromisso de construirmos outra creche na mesma área, pois o terreno é grande e temos espaço suficiente. Porém, os vereadores não aceitaram alegando que liberaram o recurso para essa finalidade e assim tem que ser feito", explicou.
Quanto às condições de abandono, o secretário reconheceu o problema e se comprometeu em tomar providências. "Realmente não temos vigilantes nem cuidamos da conservação do imóvel. As prioridades vão surgindo e as algumas necessidades acabam deixadas de lado", admitiu garantindo que providenciará a capina e as manutenções necessárias, além da contratação de um vigia.
Localizado no Jardim Santa Cruz, o imóvel pertencia à Província São Lourenço de Brindes – Frades Capuchinhos do Paraná e Santa Catarina, onde funcionava o Seminário Nossa Senhora de Guadalupe. Com a saída dos Freis Capuchinhos do município, o prédio foi colocado à venda pelos religiosos para construírem uma nova casa em Curitiba. À época, frei Itamar Angonese revelou que Província havia desistido de outras ofertas, inclusive superiores ao valor negociado, para atender a prefeitura, pois o espaço seria adaptado para acolher crianças.
Diante da oportunidade e a necessidade, a Câmara de Vereadores fez a devolução de parte do duodécimo daquele ano para a aquisição do imóvel. A expectativa da Secretaria Municipal de Educação era que o novo Cmei começasse a funcionar no primeiro semestre de 2014, atendendo ao menos 350 crianças com idade entre 0 a 5 anos. O déficit de vagas para essa faixa etária no município é de mais de 800 vagas, que seriam supridas pela escola e outras três creches já em construção, com recursos do governo federal. No entanto, os planos do Executivo mudaram e desde então nenhuma alternativa foi apresentada, gerado muita cobrança por parte da população e, principalmente, do Legislativo.
Durante sessão na Câmara de Vereadores, no início deste mês, o vereador Aguinaldo Roberto do Carmo (PSC) exibiu imagens do prédio abandonado e cobrou medidas do Executivo. O parlamentar disse que pretende denunciar o caso ao Ministério Público. "Estamos falando de R$ 1 milhão em investimento para atender a população que, infelizmente, está largado às traças", protestou. Carmo reclamou ainda da falta de um vigilante no prédio, com isso, vários objetos já foram furtados do local. A prefeitura, segundo ele, alega não ter condições de contratar esse profissional. Além da creche, o prédio, na avaliação do vereador, poderia abrigar outras repartições municipais que atualmente estão instaladas em imóveis alugados.
JUSTIFICATIVA
O Secretário Municipal de Planejamento, Orlando Pimentel, justificou dizendo que a avaliação inicial para aquisição do imóvel não havia passado pelo crivo do Corpo de Bombeiros que, posteriormente, exigiu diversas adaptações para autorizar o funcionamento de uma creche no local. O investimento para as reformas, no entanto, foi considerado elevado diante de outras necessidades do município.
Pimental citou as três creches que estão sendo construídas com recursos federais, e que devem resolver o problema de vagas na educação infantil. "Levamos à Câmara de Vereadores outra proposta para utilização do espaço, como a transferência do Cras (Centro de Referência da Assistência Social) e o compromisso de construirmos outra creche na mesma área, pois o terreno é grande e temos espaço suficiente. Porém, os vereadores não aceitaram alegando que liberaram o recurso para essa finalidade e assim tem que ser feito", explicou.
Quanto às condições de abandono, o secretário reconheceu o problema e se comprometeu em tomar providências. "Realmente não temos vigilantes nem cuidamos da conservação do imóvel. As prioridades vão surgindo e as algumas necessidades acabam deixadas de lado", admitiu garantindo que providenciará a capina e as manutenções necessárias, além da contratação de um vigia.
Luiz Guilherme Bannwart
Especial para a FOLHA DE LONDRINA
Especial para a FOLHA DE LONDRINA