Trânsito ainda lidera índice de óbitos no Estado
De acordo com os números da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), o trânsito é a maior causa de acidentes de trabalhos com morte no Paraná. Dos 363 acidentes fatais registrados no ano passado, 185 ocorreram em vias urbanas ou rodovias. Os motoristas de caminhão são os mais vulneráveis. Cinquenta e dois morreram no ano passado. "O trânsito tem se tornado cada vez mais perigoso. Quem trabalha no setor infelizmente é uma vítima potencial", avaliou José Lúcio do Santos, diretor da Sesa.
Para quem está nas estradas diariamente, os dados confirmam o medo constante de sair de casa com o caminhão. "Todos os dias recebemos notícias de amigos que morrem em acidentes. São estradas ruins, motoristas inexperientes, patrões que obrigam o caminhoneiro a viajar com pneus carecas, veículos sem revisão", denuncia o caminhoneiro Adalberto Gomes Nogueira, de 49 anos, de Londrina. O irmão dele e também caminhoneiro, Joel Gomes Nogueira, 46, comemora por não ter de enfrentar longos trechos. "O máximo que vou é até Maringá. Mas escuto muitas reclamações de amigos sobre as condições de trabalho. Não tem lugares apropriados para o descanso".
Os canteiros da construção civil também concentram altos índices de acidentes. A lista dos mortos inclui 17 pedreiros e 15 eletricistas. A cena de operários trabalhando sem equipamentos de proteção individual é corriqueira na construção de casas ou até mesmo em obra pública. Na tarde de ontem, a FOLHA flagrou operários que se arriscavam sem proteção a quatro metros de altura, na construção do Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centro POP). Um dos trabalhadores até usava um cinto, mas na cabeça um chapéu de palha substituía o capacete. O parceiro não usava nem o cinto nem capacete. A empreiteira responsável pela obra informou que iria verificar a situação, pois em cinco anos, nunca registrou acidente de trabalho. (C.F.)
folha de londrina
Para quem está nas estradas diariamente, os dados confirmam o medo constante de sair de casa com o caminhão. "Todos os dias recebemos notícias de amigos que morrem em acidentes. São estradas ruins, motoristas inexperientes, patrões que obrigam o caminhoneiro a viajar com pneus carecas, veículos sem revisão", denuncia o caminhoneiro Adalberto Gomes Nogueira, de 49 anos, de Londrina. O irmão dele e também caminhoneiro, Joel Gomes Nogueira, 46, comemora por não ter de enfrentar longos trechos. "O máximo que vou é até Maringá. Mas escuto muitas reclamações de amigos sobre as condições de trabalho. Não tem lugares apropriados para o descanso".
Os canteiros da construção civil também concentram altos índices de acidentes. A lista dos mortos inclui 17 pedreiros e 15 eletricistas. A cena de operários trabalhando sem equipamentos de proteção individual é corriqueira na construção de casas ou até mesmo em obra pública. Na tarde de ontem, a FOLHA flagrou operários que se arriscavam sem proteção a quatro metros de altura, na construção do Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centro POP). Um dos trabalhadores até usava um cinto, mas na cabeça um chapéu de palha substituía o capacete. O parceiro não usava nem o cinto nem capacete. A empreiteira responsável pela obra informou que iria verificar a situação, pois em cinco anos, nunca registrou acidente de trabalho. (C.F.)
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