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APP cobra ‘retorno do diálogo’ após troca de secretários


Theo Marques/05-05-2015
Os professores e servidores da rede estadual de ensino reiniciaram a greve em 27 de abril, reivindicando reposição salarial
Londrina - A APP Sindicato, que representa os professores estaduais, comemorou a saída do ex-secretário de Educação, Fernando Xavier Ferreira, anunciada ontem pelo Governo do Estado durante a greve da categoria, reiniciada no último dia 27. A diretora da APP, Marlei Fernandes de Carvalho, lembrou que a troca no secretariado era cobrada desde o início do ano por causa da "falta de diálogo" entre Ferreira e os professores, o que se intensificou durante a greve de 29 dias no início do ano letivo. "Ele não atendia o sindicato, o que travava a pauta de reivindicações da categoria. O primeiro período de greve terminou no início março e só fomos recebidos pelo ex-secretário há duas semanas", comentou.

De acordo com a diretora da APP, a "metodologia" ligada à iniciativa privada teria atrapalhado o diálogo entre a categoria e o Governo do Estado durante os quatro meses em que Ferreira esteve no comanda da pasta. Marlei disse que o sindicato deve enviar um "pedido urgente" para que a nova secretária Ana Seres Trento Comin discuta a greve e a pauta de reivindicação com a categoria. Na última terça-feira, os professores aprovaram a continuidade da paralisação em assembleia realizada no Estádio Durival de Britto, a Vila Capanema, em Curitiba. "Ainda queremos conversar com a secretária sobre as ameaças do governo de descontar os salários. A obrigação de cumprir o calendário é do Estado e se os descontos forem confirmados, os professores ficam desobrigados a repor as aulas", argumentou.

Além da troca na Educação, a APP também cobra a saída do secretário de Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini, após a repressão policial que impediu a entrada de servidores e professores na Assembleia Legislativa durante as discussões do projeto de lei que alterou o Paranaprevidência na semana passada. Mais de 200 pessoas ficaram feridas. "Não há condição política ou moral do atual secretário continuar no cargo após o massacre no Centro Cívico", afirmou a diretora. O presidente da APP, Hermes Leão, participou ontem da audiência pública na Comissão dos Direitos Humanos no Senado, marcada para debater a ação policial durante as manifestações dos servidores em frente à sede do Legislativo em Curitiba.
Rafael Fantin
Reportagem local-FOLHA DE LONDRINA
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