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Professores do PR fazem passeata no Centro Cívico de Curitiba

Assembleia que pode definir rumo da greve será na tarde desta terça (5).
Categoria protesta contra confronto com que deixou mais de 200 feridos.

Do G1 PR
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Professores protestam no Paraná (Foto: Reprodução/RPC)Professores protestam no Paraná (Foto: Reprodução/RPC)
Os professores da rede pública estadual do Paraná saíram da Praça 19 de Dezembro em direção ao Centro Cívico de Curitiba, na manhã desta terça-feira (5), para protestar contra o confronto entre os trabalhadores e a Polícia Militar (PM) que terminou com mais de 200 pessoas feridas na quarta-feira (29). Segundo a PM, por volta das 11h30, cerca de dez mil pessoas participavam da manifestação.
Uma reunião entre representantes do governo e da educação para definir outras pautas de reivindicação será realizada no fim desta manhã.

Por causa da greve quase um milhão de alunos estão sem aula no estado. A Justiça chegou a determinar o retorno imediato dos professores às salas de aula, mas o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) entrou com recurso.
Depois, às 14h30, os professores vão se reunir em assembleia para definir sobre o rumo da paralisação – que completa onze dias. O encontro deve reunir milhares de servidores e será realizado no Estádio da Vila Capanema.
"Os trabalhadores estão muito revoltados e indignados com tudo o que aconteceu", disse o presidente do sindicato, Hermes Leão.
Professores da rede pública estadual se reúnem nesta terça (5) no Centro Cívico de Curitiba (Foto: Luiz Fernando Martins / RPC)Professores da rede pública estadual se reúnem nesta terça (5) no Centro Cívico de Curitiba (Foto: Luiz Fernando Martins / RPC)
A paralisação dos professores foi motivada pelo projeto do governo estadual de mudar a forma de custear a ParanaPrevidência, o regime da Previdência Social dos servidores do estado. No mesmo dia do confronto, o texto foi aprovado em segundo turno e em redação final. No dia seguinte, foi sancionado pelo governador Beto Richa (PSDB).
Os professores entraram em greve em fevereiro, e paralisaram as atividades por 29 dias. O ano letivo começou com um mês de atraso, justamente, porque os docentes suspenderam as atividades em protestos as condições de ensino no estado e também por descordarem do chamado “pacotaço” que  continha projetos de lei do Executivo com cunho  de austeridade fiscal.
Secretário de Segurança Pública do Parana, Fernando Francischini (Foto: Christopher Spuldaro/RPC)Secretário de Segurança Pública do Paraná
disse que lamenta o ocorrido (Foto: Christopher
Spuldaro/RPC)
'Nós lamentamos'
Na segunda, o secretário de Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini, convocou uma coletiva de imprensa para falar sobre o confronto de quarta-feira.
“Não tem justificativa. Nós lamentamos. As imagens são terríveis. Nunca se imaginava que um confronto como esse terminasse de maneira tão lastimável, com as imagens que nós vimos. Nada justifica lesões, vítimas, de ambos os lados”, afirmou.
O secretário reafirmou que 20 policiais ficaram feridos e manteve a informação de que sete manifestantes presos foram identificados como integrantes de grupos radicais. Francischini também disse que a pasta contribuindo com a investigação do Ministério Público (MP) para apurar se houve excessos por parte da polícia.
Segundo a Prefeitura de Curitiba, 213 pessoas ficaram feridas, em mais de duas horas em conflito, com uso de bombas e tiros de balas de borracha. Um cachorro da polícia mordeu um cinegrafista.
Bomba atirada pela polícia explode ao lado de um manifestante durante ação da polícia para dispersar o protesto em Curitiba (PR) (Foto: Daniel Castellano/Agência Gazeta do Povo)Bomba atirada pela polícia explode ao lado de um manifestante durante ação da polícia para dispersar o protesto em Curitiba (PR) (Foto: Daniel Castellano/Agência Gazeta do Povo)
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