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Crescem faturamento e número de empregados em Tecnologia da Informação e Comunicação

Pesquisa feita pelo Sebrae para a Codel revela o perfil do setor na região de Londrina

Saulo Ohara/26-06-2015
O número de empresas que empregam entre 16 e 20 pessoas subiu de 5% para 10%
 
As empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da região estão faturando mais e empregando mais. É o que mostra uma pesquisa feita pelo Sebrae por encomenda do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), divulgada ontem. Outra informação que merece destaque é que a mão de obra empregada no setor está mais qualificada. A região, que vai de Apucarana a Cornélio Procópio, conta com 1.181 empresas de TIC. Para a pesquisa, foram entrevistadas 57 em 2013 e 60, neste ano. Os dados se referem aos anos de 2012 e 2014.

Em 2012, somente 1% das empresas faturavam acima de R$ 3,6 milhões por ano. Esse porcentual passou para 5% no ano passado. Na outra ponta, as empresas com faturamento de até R$ 60 mil representavam 21% e agora são 15%. A faixa que mais cresceu foi a entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões. Estavam nesta condição 13% das empresas em 2012. E no ano passado foram 25%.

De acordo com a pesquisa, que tem nível de confiança de 95% e margem de erro de 7%, deve haver na região 460 empresas de TIC com faturamento anual acima de R$ 1 milhão ou R$ 83,3 mil por mês.

O levantamento não revela o estoque de empregos no setor. Mas, pela amostragem, o número de empresas sem funcionário caiu de 11% para 8% de 2012 a 2014. E o daquelas que têm somente até cinco colaboradores desceu de 46% para 38%. Já o número de empresas que empregam de 6 a 10 trabalhadores cresceu de 11% para 18%. E o da faixa entre 16 e 20 subiu de 5% para 10%.

A escolaridade das empresas de TIC na região é bem alta. Em 2012, 58% dos colaboradores já tinham graduação ou pós-graduação. No ano passado, os funcionários nesta condição representavam 80% do total.

A pesquisa ainda mostrou que 71% das empresas estão atuando há seis anos ou mais no mercado. E que 76% gastam até 60% do faturamento em mão de obra. A porcentagem de empresas que exportam subiu de 9% para 13%.

"O que mais chamou a nossa atenção é que as empresas estão mais agressivas e faturando mais", afirma Marcus von Borstel, presidente do Sindicato da Indústria de Software do Paraná (Sinfor). O nível de qualificação da mão de obra também foi citado por ele. "A pesquisa revela a capacidade do setor de treinar os colaboradores", afirma. Borstel afirmou que os salários não foram pesquisados porque o sindicato irá fazer um levantamento específico a respeito desse assunto. "Devemos começá-lo ainda neste mês", informa.

O consultor do Sebrae Fabrício Bianchi se disse surpreso com a quantidade de funcionários empregados. "O setor se expandiu muito. Além de empregar bastante, está com uma mão de obra bem qualificada, o que é muito importante", declara. Pedro José Granja Sella, diretor de Ciência e Tecnologia da Codel, fez a mesma observação. "É impressionante que 80% dos empregados tenham nível superior ou pós-graduação", afirma.

De acordo com ele, a Codel está dando todo o apoio para o setor. "O Município tem apoiado a TI por meio do ISS Tecnológico e, no ano que vem, com o Programa Municipal de Incentivo à Inovação (Promin)", declara. O projeto que cria o programa ainda não foi aprovado pela Câmara Municipal.

Por meio da campanha Londrina, Cidade Genial em TI, o Poder Público, as empresas e entidades pretendem transformar a cidade numa referência nacional nesta área. Por sua importância, a "Indústria de TIC como diferencial competitivo do interior do Paraná" foi o tema do quarto EncontrosFolha, realizado pelo Grupo Folha, dia 24 de junho.
Nelson Bortolin-FOLHA DE LONDRINA
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