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Vacinação contra pólio termina amanhã

Em Londrina, onde a meta é vacinar 30 mil crianças, quase 40% delas ainda não tinham sido imunizadas

Cesar Brustolin/SMCS
Cobertura não deve passar de 70% das crianças em Londrina, índice considerado "muito baixo" pela Secretaria Municipal de Saúde
 
Termina amanhã a campanha de vacinação contra a poliomelite. Crianças de seis meses até 5 anos incompletos que ainda não receberam as gotinhas contra a pólio devem ser levadas ao posto de saúde para se protegerem. Neste ano, o Ministério da Saúde não prorrogará a campanha, como aconteceu em anos anteriores.

Em Londrina, a meta é vacinar 30 mil crianças desta faixa etária. Até quinta-feira passada, porém, 39% ainda não tinham recebido a vacina. A coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Sônia Fernandes, antecipou que a cobertura não deve passar de 70% das crianças, um índice que ela considera "muito baixo". "O ideal seria atingir pelo menos 95%", lamentou.

Segundo ela, os pais estão deixando de levar os filhos nas campanhas por acreditarem que o cumprimento do que está previsto na carteira de vacinação é suficiente. "Mas a vacinação nas campanhas é importante não apenas para a proteção individual, mas coletiva", reforça. Sônia explica que quando muitas crianças são vacinadas ao mesmo tempo, depois de 15 ou 20 dias eliminam o vírus da vacina pelas fezes. "Desta forma, o meio ambiente fica protegido", ensina, destacando que, por este motivo, o Ministério da Saúde decidiu não prorrogar mais as campanhas. "Se as crianças não são vacinadas ao mesmo tempo, um dos objetivos não é cumprido."

Sônia destaca que todas as crianças entre seis meses e 5 anos incompletos devem ser imunizadas, mesmo que já tenham completado o esquema vacinal contra a pólio. Neste caso, a dose servirá como reforço na proteção.

No Paraná, a meta é vacinar mais de 659,9 mil pessoas. No Brasil, são 12 milhões, o que corresponde a 95% desta faixa etária. A vacina contra a paralisia infantil é a única forma de prevenção contra a doença, que não possui tratamento. Crianças com sintomas como tosse, coriza, rinite ou diarreia podem receber a vacina normalmente. Já crianças com infecções agudas, febre acima de 38ºC ou hipersensibilidade a algum componente da vacina devem ser avaliadas por um médico.

Outras doenças, como sarampo e caxumba, também podem ser evitadas por meio da vacinação ainda na infância. Para isso, este ano o Ministério da Saúde realiza, juntamente com a campanha contra a pólio, mobilização para atualizar a caderneta infantil. A orientação é que pais e responsáveis, quando levarem as crianças para receber a gotinha contra a paralisia, apresentem a caderneta infantil ao profissional de saúde, que irá avaliar a necessidade da administração de outras vacinas. Assim, doses que estiverem em atraso poderão ser aplicadas na hora ou agendadas para outra data, mantendo o esquema vacinal da criança atualizado. Durante a campanha, serão disponibilizadas vacinas contra tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba, varicela, meningites, febre amarela, hepatites, difteria e tétano, entre outras.
Carolina Avansini
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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