Após 17 dias, estudantes aceitam desocupar reitoria da UFPR
Audiência de conciliação na Justiça Federal determina primeiro acordo entre alunos e a administração; grupo deve deixar o prédio por volta das 7 horas de hoje

Grupo de cerca de 150 alunos ocupou o prédio da reitoria em 31 de agosto; UFPR irá avaliar os prejuízos causados
Curitiba – O grupo de cerca de 150 estudantes que ocupa a reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR) desde o dia 31 de agosto deve deixar o local por volta das 7 horas de hoje. Durante audiência de conciliação, ontem, na sede da Justiça Federal em Curitiba, representantes dos alunos e da administração da instituição chegaram a um primeiro acordo. Segundo Amanda Feijó, que faz parte do comando de greve estudantil, os manifestantes entregarão o prédio limpo até as 9 horas, quando está prevista a realização de uma vistoria. Em seguida, no período da tarde, as duas partes voltam a se reunir, para dar andamento às negociações.
O encontro de ontem foi marcado pelo juiz Augusto César Gonçalves, após pedido de reintegração de posse por parte da universidade, e considerado uma vitória pelos dois lados. "De modo a evitar emprego de força policial desnecessária, buscando a composição entre as partes, designo audiência de conciliação", despachou o magistrado. Membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior (Sinditest), que seguem em posse do Restaurante Universitário (RU) há mais de dois meses, e da Associação dos Professores da UFPR (APUFPR-SSind), cuja greve foi encerrada na última sexta-feira – com retomada das aulas ontem –, também participaram das discussões.
"O movimento estudantil, junto ao corpo jurídico dos sindicatos, que conseguiu essa audiência. A reitoria até então não queria", afirmou Feijó. Ela contou que um dos principais entraves foi a tentativa da UFPR de "criminalizar o movimento". Diante do compromisso da reitoria em elaborar um calendário de negociações, contudo, o grupo teria cedido. De acordo com a universidade, porém, a audiência só foi marcada como "última tentativa de diálogo antes da reintegração".
Em nota, a instituição informou que os alunos devem sair do "local invadido" na companhia de três oficiais de Justiça e que, às 14 horas, a UFPR concederá entrevista coletiva para avaliar os prejuízos causados. "A Justiça revelou bom senso e atendeu ao nosso pedido de garantir que a desocupação ocorresse de forma democrática e pacífica, sem o uso da força. Com isso, cumpriremos nosso compromisso com os estudantes de retomar o diálogo, amanhã (hoje) mesmo, sobre a sua pauta de negociações", disse o reitor Zaki Akel Sobrinho.
A UFPR alega que, no quinto dia útil de setembro (dia 9), foi impedida de executar as operações necessárias para garantir a liberação de recursos destinados a quitar os salários de colaboradores, fornecedores e prestadores de serviços terceirizados, bem como as bolsas estudantis. Os alunos, por outro lado, dizem que os atrasos no pagamento de bolsas já eram recorrentes. A reitoria determinou, ainda ontem, a retomada das ligações de água e de energia elétrica do prédio, que haviam sido cortadas.
O encontro de ontem foi marcado pelo juiz Augusto César Gonçalves, após pedido de reintegração de posse por parte da universidade, e considerado uma vitória pelos dois lados. "De modo a evitar emprego de força policial desnecessária, buscando a composição entre as partes, designo audiência de conciliação", despachou o magistrado. Membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior (Sinditest), que seguem em posse do Restaurante Universitário (RU) há mais de dois meses, e da Associação dos Professores da UFPR (APUFPR-SSind), cuja greve foi encerrada na última sexta-feira – com retomada das aulas ontem –, também participaram das discussões.
"O movimento estudantil, junto ao corpo jurídico dos sindicatos, que conseguiu essa audiência. A reitoria até então não queria", afirmou Feijó. Ela contou que um dos principais entraves foi a tentativa da UFPR de "criminalizar o movimento". Diante do compromisso da reitoria em elaborar um calendário de negociações, contudo, o grupo teria cedido. De acordo com a universidade, porém, a audiência só foi marcada como "última tentativa de diálogo antes da reintegração".
PREJUÍZOS
Em nota, a instituição informou que os alunos devem sair do "local invadido" na companhia de três oficiais de Justiça e que, às 14 horas, a UFPR concederá entrevista coletiva para avaliar os prejuízos causados. "A Justiça revelou bom senso e atendeu ao nosso pedido de garantir que a desocupação ocorresse de forma democrática e pacífica, sem o uso da força. Com isso, cumpriremos nosso compromisso com os estudantes de retomar o diálogo, amanhã (hoje) mesmo, sobre a sua pauta de negociações", disse o reitor Zaki Akel Sobrinho.
A UFPR alega que, no quinto dia útil de setembro (dia 9), foi impedida de executar as operações necessárias para garantir a liberação de recursos destinados a quitar os salários de colaboradores, fornecedores e prestadores de serviços terceirizados, bem como as bolsas estudantis. Os alunos, por outro lado, dizem que os atrasos no pagamento de bolsas já eram recorrentes. A reitoria determinou, ainda ontem, a retomada das ligações de água e de energia elétrica do prédio, que haviam sido cortadas.
Mariana Franco Ramos
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA


