Consumo de energia das residências cai 2,5% no PR
No geral, houve aumento de 0,9% no ano, devido aos consumidores da indústria e do comércio
No País, retração no consumo de energia da classe residencial foi de 5% em julho
Apesar de um aumento de 2,9% no número de consumidores, o consumo total de energia elétrica pelas residências no Paraná caiu 2,8% em julho. No ano, a queda é de 2,5%. Redução do poder aquisitivo, tarifas elevadas e temperaturas mais amenas são algumas das explicações para a redução no uso de energia nos lares paranaenses.
Mas não é só isso. O corretor de imóveis londrinense Dorival Garrido acrescenta um outro fator. Com o noticiário sobre a crise hídrica, principalmente em São Paulo, ele se tornou um consumidor mais consciente. Há três meses, trocou a geladeira por uma mais moderna e, só com essa medida, teve a conta de luz reduzida para pouco mais de um terço. "O funcionário da Copel veio em casa medir três vezes. Ele não acreditava na queda do consumo", afirma.
Garrido também passou a apagar todas as luzes acesas desnecessariamente. As da garagem, deixa sempre apagadas. Quando a mulher sai de um cômodo sem apertar o interruptor, ele vai atrás e apaga. "Minha mulher está até ficando encabulada. Mas como todo mundo está economizando, nós também temos de fazer a nossa parte", declara.
A redução de consumo ainda não atingiu a atividade produtiva no Paraná, o que, neste caso, é um bom sinal. Enquanto no País, as indústrias consumiram 4% menos de energia de janeiro a julho, na comparação com o mesmo período de 2014, no Estado, houve um aumento de 1,9%. O número de consumidores industriais da Copel caiu 0,9%. "Devido à agroindústria, que ainda não foi atingida pela crise, o consumo industrial continua crescendo embora em ritmo mais moderado", explica a gerente do Departamento de Estudos de Mercado de Energia Elétrica da Copel, Margarete Pisetta de Almeida.
No comércio, segundo a companhia, houve aumento de 6% no número de empreendimentos e um crescimento menor do consumo, de 4,4%. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Valter Orsi, ressalta que as lojas, apesar de estarem sofrendo com a crise e até demitindo funcionários, não podem deixar de consumir energia. "Não tem como apagar a luz", destaca.
O levantamento da Copel mostrou que o número de consumidores da zona rural caiu 0,4% e, mesmo assim, o consumo aumentou em 1,5% de janeiro a julho deste ano perante o mesmo período de 2014. O Poder Público, cujo número de consumidores aumentou 1,8%, apresentou uma redução de consumo de 4,4% no ano.
Juntando todos os segmentos, há um aumento de consumo de 0,9% de janeiro a julho no Paraná.
No Brasil, o consumo de energia elétrica voltou a encolher em julho, influenciado por uma demanda mais fraca das classes residencial e industrial. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo nacional totalizou 36.785 GWh em julho, retração de 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de janeiro a julho, o indicador apresentou queda de 1,4% sobre 2014, para um total de 272.702 Gwh.
Os números de julho foram influenciados pela retração de 5% no consumo da classe residencial, a maior queda registrada pela EPE nos últimos dez anos. A demanda industrial também continua a cair, com variação negativa de 3,4% na comparação entre meses de julho, apesar da fraca base de comparação de 2014, influenciada pela realização da Copa do Mundo.
No acumulado dos sete primeiros meses, o consumo residencial apresenta queda de 0,5%. Na indústria, a retração da demanda é de 4% em relação ao mesmo período do ano passado.
O levantamento mensal divulgado pela EPE também aponta que, na classe comercial, o consumo ficou estável na comparação entre meses de julho, mas ainda cresce 1,5% na comparação do acumulado anual. A categoria outros teve queda de 0,9% em julho, mas apresenta situação de estabilidade na comparação dos sete primeiros meses do ano. (Com agências)
FOLHA DE LONDRINA
Mas não é só isso. O corretor de imóveis londrinense Dorival Garrido acrescenta um outro fator. Com o noticiário sobre a crise hídrica, principalmente em São Paulo, ele se tornou um consumidor mais consciente. Há três meses, trocou a geladeira por uma mais moderna e, só com essa medida, teve a conta de luz reduzida para pouco mais de um terço. "O funcionário da Copel veio em casa medir três vezes. Ele não acreditava na queda do consumo", afirma.
Garrido também passou a apagar todas as luzes acesas desnecessariamente. As da garagem, deixa sempre apagadas. Quando a mulher sai de um cômodo sem apertar o interruptor, ele vai atrás e apaga. "Minha mulher está até ficando encabulada. Mas como todo mundo está economizando, nós também temos de fazer a nossa parte", declara.
A redução de consumo ainda não atingiu a atividade produtiva no Paraná, o que, neste caso, é um bom sinal. Enquanto no País, as indústrias consumiram 4% menos de energia de janeiro a julho, na comparação com o mesmo período de 2014, no Estado, houve um aumento de 1,9%. O número de consumidores industriais da Copel caiu 0,9%. "Devido à agroindústria, que ainda não foi atingida pela crise, o consumo industrial continua crescendo embora em ritmo mais moderado", explica a gerente do Departamento de Estudos de Mercado de Energia Elétrica da Copel, Margarete Pisetta de Almeida.
No comércio, segundo a companhia, houve aumento de 6% no número de empreendimentos e um crescimento menor do consumo, de 4,4%. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Valter Orsi, ressalta que as lojas, apesar de estarem sofrendo com a crise e até demitindo funcionários, não podem deixar de consumir energia. "Não tem como apagar a luz", destaca.
Cenário nacional
O levantamento da Copel mostrou que o número de consumidores da zona rural caiu 0,4% e, mesmo assim, o consumo aumentou em 1,5% de janeiro a julho deste ano perante o mesmo período de 2014. O Poder Público, cujo número de consumidores aumentou 1,8%, apresentou uma redução de consumo de 4,4% no ano.
Juntando todos os segmentos, há um aumento de consumo de 0,9% de janeiro a julho no Paraná.
No Brasil, o consumo de energia elétrica voltou a encolher em julho, influenciado por uma demanda mais fraca das classes residencial e industrial. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo nacional totalizou 36.785 GWh em julho, retração de 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de janeiro a julho, o indicador apresentou queda de 1,4% sobre 2014, para um total de 272.702 Gwh.
Os números de julho foram influenciados pela retração de 5% no consumo da classe residencial, a maior queda registrada pela EPE nos últimos dez anos. A demanda industrial também continua a cair, com variação negativa de 3,4% na comparação entre meses de julho, apesar da fraca base de comparação de 2014, influenciada pela realização da Copa do Mundo.
No acumulado dos sete primeiros meses, o consumo residencial apresenta queda de 0,5%. Na indústria, a retração da demanda é de 4% em relação ao mesmo período do ano passado.
O levantamento mensal divulgado pela EPE também aponta que, na classe comercial, o consumo ficou estável na comparação entre meses de julho, mas ainda cresce 1,5% na comparação do acumulado anual. A categoria outros teve queda de 0,9% em julho, mas apresenta situação de estabilidade na comparação dos sete primeiros meses do ano. (Com agências)
FOLHA DE LONDRINA
Nelson Bortolin
Reportagem Local
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