PF pede que Lula seja ouvido na Lava Jato
Apesar de dizer que não há provas do envolvimento direto do ex-presidente na corrupção da Petrobras, delegado aponta que petista pode ter se beneficiado

No relatório, procuradores "presumem que o ex-presidente da República tivesse conhecimento do esquema de corrupção"
Brasília - Em relatório entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quinta-feira, o delegado da Polícia Federal (PF) Josélio Azevedo de Sousa solicitou que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva seja ouvido em inquérito no STF que trata de parlamentares com foro privilegiado como desdobramento da Operação Lava Jato. O pedido ainda será analisado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Pelas regras em vigor no STF, os pedidos da PF só são avaliados pelo ministro relator dos casos da Lava Jato, Teori Zavascki, depois de uma manifestação formal do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Se Janot for contrário à ideia de ouvir Lula, o ministro do STF não irá ouvi-lo.
Em seu relatório, o delegado reconhece que não há provas do envolvimento direto de Lula, porém considera que a investigação "não pode se furtar à luz da apuração dos fatos" se o ex-presidente foi ou não beneficiado "pelo esquema em curso na Petrobras", "obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal".
Ao citar eventuais indícios sobre o papel de Lula no esquema da Petrobras, o delegado reconheceu que o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa apenas "presumem que o ex-presidente da República tivesse conhecimento do esquema de corrupção", tendo em vista "as características e a dimensão do mesmo".
O delegado frisou que "os colaboradores, porém, não dispõem de elementos concretos que impliquem a participação direta do então presidente Lula nos fatos". Além de Lula, o delegado quer que sejam ouvidos os políticos do PT Rui Falcão, presidente do partido, José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli, ambos ex-presidentes da Petrobras, José Filippi Jr., ex-tesoureiro das campanhas de Lula e Dilma Rousseff, e os ex-ministros Ideli Salvatti, Gilberto Carvalho e José Dirceu. O delegado também pediu que sejam ouvidos políticos do PMDB e do PP, como os ex-ministros Francisco Dornelles e Mario Negromonte.
Lula disse na tarde ontem, em Buenos Aires, que não recebeu a requisição da Polícia Federal para ouvi-lo no caso de desvios da Petrobras investigados pela Operação Lava Jato. "Eu não sei como comunicaram a você e não me comunicaram. É uma pena", disse. A assessoria do Instituto Lula comunicou que o pedido é "de um delegado da PF" e não da organização e disse que o presidente não teve acesso ao texto com o pedido. (Com Agência Estado)
Em seu relatório, o delegado reconhece que não há provas do envolvimento direto de Lula, porém considera que a investigação "não pode se furtar à luz da apuração dos fatos" se o ex-presidente foi ou não beneficiado "pelo esquema em curso na Petrobras", "obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal".
Ao citar eventuais indícios sobre o papel de Lula no esquema da Petrobras, o delegado reconheceu que o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa apenas "presumem que o ex-presidente da República tivesse conhecimento do esquema de corrupção", tendo em vista "as características e a dimensão do mesmo".
O delegado frisou que "os colaboradores, porém, não dispõem de elementos concretos que impliquem a participação direta do então presidente Lula nos fatos". Além de Lula, o delegado quer que sejam ouvidos os políticos do PT Rui Falcão, presidente do partido, José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli, ambos ex-presidentes da Petrobras, José Filippi Jr., ex-tesoureiro das campanhas de Lula e Dilma Rousseff, e os ex-ministros Ideli Salvatti, Gilberto Carvalho e José Dirceu. O delegado também pediu que sejam ouvidos políticos do PMDB e do PP, como os ex-ministros Francisco Dornelles e Mario Negromonte.
"EU NÃO SEI"
Lula disse na tarde ontem, em Buenos Aires, que não recebeu a requisição da Polícia Federal para ouvi-lo no caso de desvios da Petrobras investigados pela Operação Lava Jato. "Eu não sei como comunicaram a você e não me comunicaram. É uma pena", disse. A assessoria do Instituto Lula comunicou que o pedido é "de um delegado da PF" e não da organização e disse que o presidente não teve acesso ao texto com o pedido. (Com Agência Estado)
Márcio Falcão e Rubens Valente
Folhapress-folha de londrina
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