Prefeita manda jornal fechar gráfica após matérias desfavoráveis
A Prefeitura de Campo Mourão (Centro-Ocidental) determinou o fechamento da gráfica do jornal Tribuna do Interior no dia em que o diário publicaria reportagem sobre o pedido do Ministério Público (MP) de bloqueio de bens da prefeita Regina Dubay (PR). A diretoria da Tribuna atribui o ato a uma perseguição política, mas a administração municipal diz que reage a denúncias de perturbação devido ao barulho das máquinas de impressão.
A notificação foi entregue na sede do jornal por dois fiscais da prefeitura no fim da tarde de anteontem, mesmo dia em que o jornal publicou reportagem sobre um pedido de cassação da prefeita protocolado na Câmara de Vereadores por suspeita de superfaturamento em obras de iluminação pública. A edição de ontem – escrita e impressa anteontem – trouxe reportagem sobre o pedido do MP de bloqueio de bens com base na mesma suspeita.
A Tribuna do Interior tem 47 anos de existência e circula diariamente em 25 municípios desde 1990. Há dois anos, trocou duas impressoras bicolores por uma única máquina, adquirida em sociedade com outro impresso de Cianorte. Tenta obter alvará de funcionamento desde 2014, sem sucesso, o que levou à judicialização do caso.
A administração aponta que a empresa está localizada em zona residencial, enquanto o jornal diz estar em área comercial e de serviços.
No documento dirigido à Tribuna, a administração municipal determina "que cesse de imediato com atividade que está causando perturbação do sossego público". Ainda segundo a notificação, o local não tem revestimento acústico para vedar a propagação do som, o que ocasionou, entre 2013 e 2015, quatro reclamações à ouvidoria da prefeitura por perturbação de sossego da vizinhança.
O documento ainda dá prazo de cinco dias para que a empresa apresente as adequações necessárias para o funcionamento.
O diretor da Tribuna, Nery José Thomé, afirma que a administração não quer que sejam publicadas notícias sobre investigações feitas pelo MP e pelo Observatório Social de Campo Mourão e, por isso, classifica o ato como perseguição.
A assessoria de imprensa da prefeitura nega que foi determinado o fechamento da empresa, mas que deu prazo à gráfica do jornal para se adequar e deixar de incomodar a vizinhança. Além disso, negou que o objetivo seja vetar veiculação de notícias, já que o diário tem versão online.
Regina Dubay enfrenta denúncias de irregularidades nos gastos públicos e também tem ações curiosas, como a desapropriação de três imóveis em locais diferentes, todos pertencentes a um adversário político.
A notificação foi entregue na sede do jornal por dois fiscais da prefeitura no fim da tarde de anteontem, mesmo dia em que o jornal publicou reportagem sobre um pedido de cassação da prefeita protocolado na Câmara de Vereadores por suspeita de superfaturamento em obras de iluminação pública. A edição de ontem – escrita e impressa anteontem – trouxe reportagem sobre o pedido do MP de bloqueio de bens com base na mesma suspeita.
A Tribuna do Interior tem 47 anos de existência e circula diariamente em 25 municípios desde 1990. Há dois anos, trocou duas impressoras bicolores por uma única máquina, adquirida em sociedade com outro impresso de Cianorte. Tenta obter alvará de funcionamento desde 2014, sem sucesso, o que levou à judicialização do caso.
A administração aponta que a empresa está localizada em zona residencial, enquanto o jornal diz estar em área comercial e de serviços.
No documento dirigido à Tribuna, a administração municipal determina "que cesse de imediato com atividade que está causando perturbação do sossego público". Ainda segundo a notificação, o local não tem revestimento acústico para vedar a propagação do som, o que ocasionou, entre 2013 e 2015, quatro reclamações à ouvidoria da prefeitura por perturbação de sossego da vizinhança.
O documento ainda dá prazo de cinco dias para que a empresa apresente as adequações necessárias para o funcionamento.
O diretor da Tribuna, Nery José Thomé, afirma que a administração não quer que sejam publicadas notícias sobre investigações feitas pelo MP e pelo Observatório Social de Campo Mourão e, por isso, classifica o ato como perseguição.
A assessoria de imprensa da prefeitura nega que foi determinado o fechamento da empresa, mas que deu prazo à gráfica do jornal para se adequar e deixar de incomodar a vizinhança. Além disso, negou que o objetivo seja vetar veiculação de notícias, já que o diário tem versão online.
Regina Dubay enfrenta denúncias de irregularidades nos gastos públicos e também tem ações curiosas, como a desapropriação de três imóveis em locais diferentes, todos pertencentes a um adversário político.
Luís Fernando Wiltemburg
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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