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Professor faz greve de fome contra reajuste de energia em Boa Vista

Pierre Pinto iniciou greve nesta terça (3) em frente à Eletrobras Roraima.
Concessionária informou que vai se pronunciar nesta quarta-feira (4).

Marcelo MarquesDo G1 RR
Greve acontece em freten à Eletrobras (Foto: Marcelo Marques/ G1)Greve acontece em frente à Eletrobras
(Foto: Marcelo Marques/G1 RR)
O reajuste da tarifa de energia elétrica em Boa Vista, que começou a valer no domingo (1°), motivou o professor Pierre Pinto, de 40 anos, a iniciar uma greve de fome em frente à Eletrobras Distribuição Roraima (EDR) nesta terça-feira (3). O protesto contra o aumento foi publicado em seu perfil em uma rede social onde recebeu apoio de internautas.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou o aumento de 40,33% para clientes residenciais. Para aqueles com fornecimento em média e alta tensão, no caso de indústrias e comércio, o reajuste será de 43,65%.
"Não podemos aceitar a elevação do preço em 40%. Vamos pagar uma energia cara, sem estarmos ligados ao Sistema Nacional de Energia [SNE]. Como consequência, aumentarão diversos produtos em supermercados. É um efeito cascata. Quem terá o prejuízo somos nós, consumidores", diz Pierre. Ele ressalta a importância de órgãos públicos e de parlamentares do estado se posicionarem contra o reajuste.
"É necessária a participação de todos para podermos derrubar esse aumento abusivo. Continuarei com a greve de fome até esse reajuste ser revogado. A população não deve aceitar. Não podemos arcar com uma energia cara", sustenta.

A deputada federal Maria Helena (PSB) procurou o Ministério Público de Roraima (MPRR) e entregou ofício pedindo apoio para que o aumento nas tarifas de energia elétrica seja revisto.
Esta é a segunda greve de fome feita por Pierre no estado. Em abril deste ano, o professor protestou em frente à Câmara de Boa Vista para reduzir o salário dos vereadores.
“Os consumidores foram surpreendidos pelo aumento. Este reajuste deve ser discutido em audiência pública, mas não aconteceu. Isso é abusivo e não podemos aceitar”, afirma, acrescentando que o estado recebe uma energia de má qualidade da Venezuela.
De acordo com ela, as empresas irão repassar o aumento diretamente aos consumidores, gerando, consequentemente, uma série de problemas, como preços altos nas prateleiras e até demissões.
O senador Telmário Mota (PDT) disse que está cobrando de órgãos públicos um posicionamento da Aneel. "Estamos tomando providências em Brasília. Não podemos deixar o povo pagar pelos erros de outros políticos. Este reajuste não era para ter acontecido. Vou requerer aos órgãos fiscalizadores um posicionamento em relação ao aumento da energia", afirma Telmário.
G1 entrou em contato com a assessoria da Eletrobras Distribuição Roraima e foi informado que a concessionária se posicionará nesta quarta-feira (3) sobre o protesto do professor.
FONTE - GLOBO.COM
UA-102978914-2