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(30-12-2015)Colégio incendiado em Cambará aguarda reforma há quase um ano

Além do transtorno para acomodar os alunos, demora para o início das obras compromete controle de dengue na cidade

Divulgação
O incêndio ocorrido no mês de fevereiro destruiu 70% do prédio histórico do Colégio Estadual Sílvio Tavares

Cambará – No dia 11 de fevereiro de 2016 completa um ano do incêndio que destruiu 70% do prédio histórico do Colégio Estadual Sílvio Tavares, em Cambará, e até agora as obras de reforma do local não foram iniciadas. Ao todo 16 salas de aulas foram consumidas pelo fogo, incluindo laboratórios de biologia e informática. À época, devido à greve dos professores da rede estadual, não havia aula no horário. Por causa do incêndio, os aproximadamente 1,2 mil alunos do colégio tiveram de ser instalados "provisoriamente" em outras escolas da cidade. "Essa situação é bastante ruim. Prometeram que a reforma sairia ainda neste ano, mas o processo acho que está ‘a passo de tartaruga’", reclama o prefeito João Mattar Olivato (PSC).
A demora no início das obras influencia até no controle da dengue na cidade, que em junho enfrentou epidemia da doença. "Por causa do incêndio, o prédio não tem mais cobertura e isso favorece ao acúmulo de água. Retiramos os vasos sanitários para prevenir, mas mesmo assim existe o risco de acúmulo de água. Fazemos vistoria a cada 15 dias e, algumas vezes, utilizamos larvicidas para combater os focos de dengue", informa o chefe da Vigilância e Saúde Ambiental, Gabriel Lima Vieira.
"É muito problemático isso, porque acabamos tendo que deslocar um grupo de agentes para ir ao local e que poderia estar se dedicando às visitas domiciliares. É diferente fazer esse controle em um prédio habitável, que de certa forma pode ter uma manutenção diária", complementa a diretora de Vigilância em Saúde, Maria Angélica Miranda.
Segundo ela, de janeiro até o dia 29 de dezembro foram notificados 623 casos na cidade, sendo 326 confirmados e 260 descartados. "As pessoas precisam se conscientizar mais sobre a importância de manterem os seus quintais limpos. Infelizmente, percebe-se que a grande maioria da população tende a pensar que o problema nunca vai acontecer com ela", lamenta Vieira.
Segundo informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação (Seed), a próxima etapa das obras de reforma do Colégio Estadual Sílvio Tavares, em Cambará, aguarda novo processo de licitação previsto para o primeiro semestre de 2016. Já a manutenção do prédio estaria sob a responsabilidade da equipe diretiva da escola, com apoio do Núcleo Regional de Educação de Jacarezinho.
A reportagem tentou entrar em contato com a chefe do Núcleo Regional de Educação de Jacarezinho, mas não obteve retorno até o fechamento da edição. A secretária municipal de educação, Francieli Axman Tavares Duarte, também não foi localizada. Sobre o resultado do laudo do Instituto de Criminalística, a reportagem não conseguiu falar com o delegado responsável por estar em recesso de final de ano.
Além de ser o maior da cidade, com cerca de 1,2 mil alunos, o colégio é também um dos mais antigos. O prédio foi inaugurado em 1940, com o nome de Ginásio de Cambará. Em 1978, ganhou o nome atual, em homenagem ao professor que dirigiu a instituição de ensino por 13 anos.
Ana Paula Nascimento
Reportagem Local
FOLHA DE LONDRINA
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