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Autoridades pedem solução até reconstrução de ponte


Marcos André de Brito
Ligação entre Itambaracá e Bandeirantes segue sem prazo para reconstrução

Itambaracá - Sem previsão para a reconstrução da ponte da PR-436 sobre o Rio das Cinzas, no trecho que liga Itambaracá a Bandeirantes, no Norte Pioneiro, as autoridades começam a pensar em soluções provisórias para evitar prejuízos para a região. A ponte de cerca de 140 metros de extensão não resistiu às fortes chuvas que caíram na última semana e se partiu ao meio, deslocando cada vão para um lado da rodovia. Entre as alternativas viáveis, estão a construção de uma ponte provisória ou o uso de uma balsa.
As lideranças locais mantêm diálogo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) para reivindicar a instalação de uma balsa ou a construção de um ponte metálica pelo Exército Brasileiro, procedimento parecido como o que foi feito em Tomazina na enchente de 2010. A secretária estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, sobrevoou a região na semana passada e garantiu que a construção de uma nova ponte é prioridade, mas não confirmou se a construção será iniciada ainda este semestre.
Segundo o prefeito de Itambaracá, Amarildo Tostes, os transtornos causados pela queda da ponte já refletem na economia do município. Ele destacou que os veículos oficiais que fazem viagens para Bandeirantes, Cornélio Procópio e Londrina deverão rodar 22 mil quilômetros a mais por mês. São cerca de 65 viagens oficiais de ida e volta por dia na estrada alternativa que liga Itambaracá a Andirá. O percurso aumentou 45 quilômetros para chegar em Bandeirantes. Antes da ponte cair o percurso era de nove quilômetros.
Inaugurada há 15 anos, a ponte foi construída pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp) como compensação por áreas alagadas no município para a construção das usinas hidrelétricas de Canoas I e II, no Rio Paranapanema. Na semana passada, o prefeito manteve contatos com o DER e com autoridades em Curitiba, mas nenhum projeto emergencial foi apresentado. "Nós temos pressa porque a população depende muito desta ponte. Temos pessoas que trabalham, estudam e precisam de atendimento médico ambulatorial e exames em Bandeirantes", expôs.
Apesar dos estragos, Tostes ressaltou o fato de não ter havido feridos. "Felizmente nós não tivemos nenhum caso de morte de pessoas ou animais. No momento em que a ponte partiu ao meio, centenas de pessoas estavam nas proximidades e por pouco não tivemos uma tragédia. Por essa ponte passam cerca de 1,6 mil veículos por dia, muitos oriundos do Estado de São Paulo e graças a Deus nenhum veiculo ou pessoa foi atingido", afirmou.
A Associação dos Municípios do Norte do Paraná (Amunop) também está encaminhando solicitações em nome dos 19 municípios ao governo do Estado para que as providências sejam tomadas o mais breve possível.
Marcos André de Brito
Especial para a FOLHA DE LONDRINA
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