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Belezas naturais do Parque de Vila Velha atraem 70 mil visitantes por ano

Formações rochosas e furnas com 100 m de profundidade são destaques.
Parque fica na região dos Campos Gerais, próximo a Ponta Grossa.

Bibiana DionísioDo G1 PR
Formações rochosas de arenito são atrativos do Parque Estadual de Vila Velha, no Paraná (Foto: Bibiana Dionísio/ G1)Formações rochosas de arenito são atrativos do Parque Estadual de Vila Velha, no Paraná (Foto: Bibiana Dionísio/ G1)
Com média de 70 mil visitantes por ano, o Parque Estadual de Vila Velha, a cerca de 30 quilômetros de Ponta Grossa, é um dos mais tradicionais pontos turísticos do Paraná. Os atrativos são naturais e apreciados aos poucos durante uma leve caminhada por uma trilha calçada.
A Taça de Via Velha é um dos símbolos do Paraná (Foto: Divulgação/ Prefeitura de Ponta Grossa)A Taça de Via Velha é um dos símbolos do Paraná
(Foto: Divulgação/ Prefeitura de Ponta Grossa)
O turista pode conhecer as formações rochosas de arenito, as furnas ou optar pelo pacote completo que abrange as duas opções.(Confira preços e horários no fim da reportagem)
O visitante é levado até o inicio da trilha onde estão concentradas as formações rochosas de arenito por um ônibus do parque.

Os adeptos ao exercício físico podem ir a pé – a caminhada, em um ritmo leve, dura 20 minutos.

As formações de arenito são as atrações mais famosas do parque. A taça, por exemplo, chega a ser considerada um símbolo paranaense. Há também o navio, o camelo, o índio, o cachorro e a bota.

Em alguns pontos da trilha, estão funcionários do parque que orientam os turistas e indicam as formações mais conhecidas. Mas nada é tão definido. Alguns dizem que depende da imaginação do visitante. O cachorro pode virar macaco... Basta olhar e imaginar.
Uma das formações é um camelo, de acordo com os guias do parque (Foto: Bibiana Dionísio/ G1)Uma das formações é um camelo, de acordo com os guias do parque (Foto: Bibiana Dionísio/ G1)


Os mais curiosos prestam atenção na conversa alheia e nas tentativas de enxergar forma no arenito. São pais dizendo o que veem e crianças procurando novas formas.

Segundo o Serviço Geológico do Paraná (Mineropar), a formação dos arenitos ocorreu há 300 milhões, quando a América do Sul ainda estava ligada à África, à Antártida, à Oceania e à Índia, formando um grande continente chamado de Gondwana.
Sem placas, turistas ficam livres para identificarem formatos nas rochas (Foto: Bibiana Dionísio/ G1)Sem placas, turistas ficam livres para identificarem formatos nas rochas (Foto: Bibiana Dionísio/ G1)
As furnas – crateras com vegetação abundante com água de lençol freático no fundo – impressionam pelo tamanho. A região tem diversas dessas depressões. No parque estão 12, de acordo com o gerente Cleber Veiga.

Três podem ser visitadas. As chamadas furnas 1 e 2 têm, aproximadamente, 100 metros de profundidade, sendo que metade está com água do lençol freático. Elas ficam próximas uma da outra. A furna 2 tem o diâmetro maior, e a visibilidade é menor devido à mata mais fechada no interior da cratera.

A terceira furna é conhecida como Lagoa Dourada. “Ela é o que a gente chama de furna em estado terminal. A água da Lagoa Dourada tem o mesmo nível da água das outras furnas porque é do mesmo lençol, mas, devido o efeito da erosão, foi assoreada. Este é um efeito normal, natural. Ela tem a aparência de lagoa, mas a formação dela é parecida com as outras furnas”, explicou Veiga.

No primeiro fim de semana deste ano, o acesso à Lagoa Dourada estava fechado devido a quantidade de chuva que caiu na região. Segundo a organização do parque, são necessários, ao menos, dois dias sem chuva para que o acesso seja liberado.

Ao chegar à furna 1, o turista se depara com um elevador que chegou a ser usado para levar os visitantes até o nível da água. A estrutura está inoperante desde 2001, quando o parque foi fechado para restauração. Mesmo após a reabertura, o elevador está parado por ser considerado inapropriado e poluidor.
Furna 1 tem aproximadamente 100 metros de profundidade, quase a metade tem água do lençol freático (Foto: Bibiana Dionísio/ G1)Furna 1 tem aproximadamente 100 metros de profundidade, quase a metade tem água do lençol freático (Foto: Bibiana Dionísio/ G1)
“Foi instalado, no início dos anos 80, mas já veio usado, então, dava muito problema manutenção, além da questão da poluição e da degradação do arenito, que é uma rocha sensível”, disse o gerente do parque, Cleber Veiga.

Sem utilidade, o elevador atrapalha a vista dos turistas. De acordo com Veiga, existe um estudo para a retirada do elevador do local e a construção de um mirante, porém, não há data para que a proposta saia do papel.

“Agora, estamos em uma situação um pouco diferente. Está sendo feito um estudo pelo governo do estado para fazer a concessão da área do parque. Provavelmente, esta questão do elevador, da construção do mirante será [tratada] na concessão”, acrescentou o gerente.

O parque possui 18 quilômetros quadrados de área, que pertencem a uma Unidade de Conservação tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná desde 1966.
Serviço
O acesso ao Parque Estadual de Vila Velha é pela BR-376, no km 515, na rodovia entre Curitiba e Ponta Grossa. O horário de visitação é das 8h30 às 17h30, porém a bilheteria fecha às 15h30.
O passeio até o arenito custa R$ 10,00, e para as furnas R$ 8,00. Estudantes pagam meia, e idoso são isentos.

O parque abre todos os dias, com exceção de terça-feira, das 8h30 às 17h30. A bilheteria fecha às 15h30.
FONTE - GLOBO.COM
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