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EM LONDRINA - Educação adia volta às aulas

Ano letivo vai começar no dia 11 de fevereiro na rede municipal; três escolas e um CMEI estão interditados em função das chuvas

Fotos: Saulo Ohara
Rachaduras apareceram no teto e paredes da Escola Maria Carmelita Vilela Magalhães
"É muito triste ver o que aconteceu aqui", diz a diretora Lúcia Solange Bueno

O início das aulas na rede municipal foi adiado para o dia 11 de fevereiro para que a Secretaria de Educação de Londrina tenha tempo de reorganizar a distribuição dos alunos das escolas que foram danificadas pelas chuvas da semana passada. Os prejuízo foram calculados em R$ 17 milhões. Quatro unidades escolares estão totalmente interditadas e 171 ambientes escolares foram afetadas. O início das aulas estava previsto para 29 de janeiro.
As escolas interditadas terão prioridade nas ações de recuperação. O prédio do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Sandra Regina Maximiano Leme, no Jardim Leonor (zona oeste), apresenta rachaduras nas vigas de sustentação. A Escola Municipal Irene Aparecida da Silva, no Conjunto Jamile Dequech (zona sul), também está com a estrutura comprometida, assim como a Maria Irene Vicentini Theodoro, no Jardim Califórnia (zona leste), e a Maria Carmelita Vilela Magalhães (centro).
A cozinha da Maria Carmelita está interditada por causa das rachaduras que apareceram no teto e nas paredes. Os engenheiros da prefeitura avaliaram que a área apresenta risco à segurança dos alunos e funcionários. O piso também cedeu em alguns pontos. "A cozinha foi a área mais prejudicada mesmo, não tivemos problemas nas salas de aulas. A Secretaria de Educação está estudando a possibilidade de colocar uma cozinha móvel. É muito triste ver o que aconteceu aqui", disse Lúcia Solange Bueno, diretora da escola.
Até o momento, 78 das 114 escolas sofreram algum tipo de dano, mas este número pode aumentar. "Algumas escolas apresentaram problemas após as vistorias, então pode ampliar este número", afirmou a secretária.
Foram afetados 171 ambientes como salas de aula, bibliotecas e laboratórios. Os principais problemas foram pisos que cederam, alagamentos, queda de reboco, comprometimento da laje e telhado, além de danos nas redes elétrica e hidráulicas. Mais de 15 escolas estão parcialmente interditadas. "Estamos trabalhando para desinterditar as escolas até o dia 11 de fevereiro. A intenção é alugar cozinhas móveis e salas de aula. Em alguns casos, vamos organizar as turmas dentro das próprias escolas", explicou Janet.

Os danos nas escolas municipais afetam mais de 9 mil alunos da educação infantil e do ensino fundamental. Nos locais onde for possível receber os estudantes, serão alugados espaços emergenciais. "Mapeamos alguns espaços para locação de sala, mas estamos encontrando problemas como falta de habite-se dos locais", disse Janet. Estima-se um gasto de R$ 2 milhões com aluguel e transporte dos alunos.
A Secretaria de Educação conta com a liberação de recursos do governo federal para fazer a contratação emergencial dos serviços. O prefeito Alexandre Kireeff entregou na terça-feira ao ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, o relatório prévio dos prejuízos na cidade, que somam mais de R$ 92,9 milhões, incluindo os R$ 17 milhões necessários para reparos das escolas municipais. O ministro anunciou apenas o repasse de R$ 1 milhão, que já foi liberado para a aquisição de caminhões caçamba para realização de obras na zona rural de Londrina.
A Educação vai aproveitar a licitação de manutenção, que já está em andamento, para o início dos conserto das unidades escolares. A reposição dos dias de aula será avaliada com o Conselho Municipal de Educação, mas, de acordo com Janet, a legislação permite, em casos emergenciais, substituir a carga horária e não dos dias letivos, assim as férias não devem ser prejudicadas.

ESTADUAIS
Nas escolas estaduais, a volta às aulas está marcada para o dia 1º de fevereiro. Três escolas foram afetadas pelas chuvas, mas isso não deve comprometer o retorno dos alunos. A situação mais complicada é do Colégio Estadual Padre Wistremundo Roberto Perez Garcia, no Parque Ouro Verde (zona norte), onde algumas salas foram interditadas. De acordo com o Núcleo Regional de Educação de Londrina, os alunos devem ser acomodados na própria escola.
Aline Machado Parodi
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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