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Operação prende suspeitos de ataques a caixas eletrônicos

Com os detidos, foram apreendidos cerca de R$ 4 mil em dinheiro, veículos, munição e armas de fogo

Fotos: Saulo Ohara
Quadrilha escolhia estabelecimentos em cidades menores para dificultar a ação policial
"As apreensões são indicativos de que essas pessoas atuavam na organização criminosa", diz o delegado Adão Wagner Loureiro Rodrigues

Três suspeitos de integrar quadrilhas especializadas em explosões de caixas eletrônicos foram presos ontem em várias regiões do Estado, na terceira fase da Operação Cangaço, deflagrada pela Polícia Civil em janeiro. Mais de 100 policiais foram às ruas para cumprir sete mandados de prisão e 23 de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos em Londrina, Telêmaco Borba e Imbaú, onde ocorreram prisões, e Curitiba e Ortigueira.
Segundo a Polícia Civil, dois dos três presos são suspeitos de praticar os crimes e o outro de fornecer equipamentos para abertura dos cofres e meios para que a quadrilha fizesse a limpeza das cédulas manchadas com a tinta rosa do dispositivo de segurança instalado nos caixas eletrônicos.
Com os presos, foram apreendidos cerca de R$ 4 mil em dinheiro, veículos, munição e armas de fogo, incluindo uma pistola calibre 380 que teria sido utilizada nos crimes. "As apreensões são indicativos de que essas pessoas atuavam na organização criminosa", disse o delegado Adão Wagner Loureiro Rodrigues, do núcleo Maringá do Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep).
Além dos três homens, uma mulher foi presa em flagrante em Curitiba. Com ela foram encontrados dois quilos de crack, além de cocaína, maconha e munição de grosso calibre. A suspeita é de que a mulher não atuava nos roubos, mas vendia drogas com a finalidade de obter dinheiro para manter a quadrilha em atividade.
Segundo Rodrigues, no início das investigações, há oito meses, a Polícia Civil desarticulou uma quadrilha que atuava na capital e Região Metropolitana de Curitiba. A operação terminou com a morte do líder durante confronto com a polícia.
Após o desmembramento da quadrilha, houve uma cisão e duas novas organizações se formaram. As pessoas presas ontem são suspeitas de participar desses novos grupos. "Temos ainda algumas pessoas foragidas, mas os trabalhos continuam", disse o delegado. Desde o início da operação, 56 suspeitos foram presos, sendo que 34 estariam envolvidos diretamente com a organização criminosa. Os outros 22 ficavam no entorno da quadrilha.
"Após a segunda fase da Operação Cangaço, em janeiro, tivemos mais dois crimes com envolvimento direto dessas pessoas presas hoje [ontem]. Um foi em Tamarana, com uma retroescavadeira, e outro em Telêmaco Borba. Também foram registrados alguns roubos a residências e veículos", explicou o delegado do Diep. "Antes da segunda fase da operação, também apreendemos em Londrina R$ 50 mil em cédulas manchadas", relembrou.
Os ladrões, disse o delegado, escolhiam estabelecimentos em cidades menores para dificultar a ação da polícia. "Havia pessoas designadas para fazer o reconhecimento prévio desses locais."
A terceira fase da Operação Cangaço foi deflagrada pela Polícia Civil e contou com a participação da Polícia Militar e da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). "A gente está dizendo que é a terceira e última fase, mas os trabalhos não param. Continuamos trabalhando. São várias quadrilhas e estamos atuando", disse o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Sebastião Ramos dos Santos Neto.
Simoni Saris
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA
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