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Apenas quatro da bancada paranaense votaram ‘não’

Dos 30 deputados federais da bancada do Paraná, apenas quatro – Aliel Machado (Rede), Assis do Couto (PDT), Enio Verri (PT) e Zeca Dirceu (PT) – votaram contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O placar elástico contra o governo superou as previsões da oposição, que contabilizava, no máximo, 22 votos no Estado. Entretanto, alguns parlamentares indecisos ou que anunciavam apoio à petista, como João Arruda (PMDB), Toninho Wandscheer (Pros), Hermes Parcianello (PMDB) e Nelson Meurer (PP), migraram na sessão de ontem, votando pela admissibilidade do processo.
Cada um dos paranaenses usou, em média, 20 segundos para anunciar a sua posição. Christiane Yared (PR) aproveitou para fazer referência, especificamente, ao mérito do pedido de cassação, que são as pedaladas fiscais praticadas pela União no orçamento de 2015, e comparou o caso com as operações feitas pelo governador Beto Richa (PSDB) no exercício fiscal do ano retrasado. "Beto Richa, a sua hora também vai chegar", disse ela. As contas do tucano foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Paraná, contrariando parecer do Ministério Público de Contas estadual.
Machado, repetindo expressões como "não ao golpe", chegou a chamar o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apontado pelo governo como principal articulador do processo de impedimento no Congresso, de "ladrão". Um pedido de cassação contra Cunha, citado na Operação Lava Jato, tramita na Casa. Couto seguiu a posição do PDT, que fechou questão a favor da petista. Já o peemedebista João Arruda, sobrinho do senador Roberto Requião (PMDB), aliado de Dilma, revelou que a pressão das ruas pesou na decisão. "Pesou a vontade do povo do Paraná", disse. Ricardo Barros (PP), que chegou a ser cogitado como ministro da Saúde, antes do partido anunciar posição a favor do impeachment, votou alinhado com a sigla.
Os três deputados federais com base eleitoral em Londrina votaram pelo impeachment. Marcelo Belinati (PP) defendeu que "as velhas raposas da política devem voltar para casa". Luiz Carlos Hauly (PSDB), como a maioria dos parlamentares, aproveitou o momento para dizer que votava em nome dos eleitores. Alex Canziani (PTB) apoiou o parecer do relator do processo de impeachment e correlegionário, Jovair Arantes (PTB-GO).
Edson Ferreira
Reportagem Local
FOLHA DE LONDRINA

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