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Após três meses, turista atacado por tubarão tenta levar vida normal

Pouco mais de três meses após ser atacado por um tubarão e perder parte do braço direito, o contador Márcio de Castro Palma da Silva, que vive em Loanda, no noroeste do Paraná, tenta levar uma vida normal. O que poderia ser motivo para lamentações, se transformou em estímulo para a superação. No dia do acidente, em dezembro de 2015, ele passava férias no arquipélago de Fernando de Noronha (PE).
Márcio se veste, faz o nó da gravata e amarra o cadarço dos sapatos sozinho. No escritório, a agilidade para digitar ainda não é muita, mas não o impede de trabalhar no computador. Como ele era destro, precisou aprender a escrever com a mão esquerda para poder assinar os documentos na empresa. Ele faz questão de fazer o máximo de atividades possível para se adaptar o quanto antes à falta do antebraço.

O acidente aconteceu no dia 21 de dezembro de 2015, na Praia do Sueste, uma das mais frequentadas por turistas que visitam Fernando de Noronha (PE). Márcio boiava na água quando foi mordido por um tubarão. A mão e parte do braço direito foram arrancadas. 
Aquele foi o primeiro ataque de tubarão registrado no arquipélago em 20 anos de monitoramento.“Eu procuro agir da forma que eu agia antes para não ter um sentimento de perda. É claro que eu acredito nas minhas limitações. Eu tento, mas se não conseguir, coloco minha mente para trabalhar e conseguir fazer”, comenta. Se eu lamentar, vai me trazer a mão de volta, vai sanar o meu problema? Não vai. Uso isso para desenvolver a minha mente”, reforça o contador. 
De acordo com o contador, que se mostra bastante otimista, o acidente não deixou traumas. “Eu acho que as coisas têm dois caminhos, que você pode percorrer de forma pior possível ou passar por cima e não lamentar. E isso só me faria retardar o processo de adaptação”, aponta.
A esposa, Karen Miniacci, confessa que não esperava que o marido fosse se adaptar tão rápido. “Particularmente eu tenho aprendido muito. Foi um novo recomeço e fortalece a gente como casal”, observa.
“Eu acredito que as pessoas têm capacidade de fazer tudo. Muitos só vão saber disso, talvez, se perderem um membro. Todo mundo tem condição de superar os desafios, só não sabe como. Eu aprendi”, comemora.
FONTE - G1 PARANA
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