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Estande de prédio de luxo cai e mata 1 em SP


Estrutura que sobrou corre risco de desabamento; local ficará interditado por tempo indeterminado para perícia

Marcelo Gonçalves/Sigmapress/Estadão Con
Bombeiros trabalharam no socorro às vítimas; prefeitura apura se a obra de desmontagem da estrutura estava de acordo com o alvará

São Paulo - Um megaestande de vendas de um prédio de luxo que será construído na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo, desabou na manhã de ontem, deixando um pedreiro morto e outros cinco operários levemente feridos. O acidente aconteceu por volta das 9 horas, no terreno da Construtora Cyrela entre as ruas Michel Milan e Quatá. As causas ainda serão investigadas pela Polícia Civil. A Prefeitura apura se a obra de desmontagem da estrutura estava de acordo com o alvará.
A vítima foi o gesseiro Antônio Soares do Nascimento, de 38 anos, que nasceu no pequeno município de Boa Hora, no interior do Piauí, e morava havia cerca de 20 anos em São Paulo, onde sempre trabalhou na construção civil. "Escutei um estrondo muito forte. Quando olhei, vi tudo vibrando, parecia um terremoto. Depois desabou de uma vez. Tinha dois rapazes lá em cima. Um deles pulou para se salvar", disse José Pacheco, de 45 anos, fiscal de um ponto de ônibus na frente da obra, na Rua Michel Milan. Foi ele quem acionou o Corpo de Bombeiros, que usou dois cães farejadores para encontrar as vítimas entre os escombros. O trabalho demorou três horas.
Os operários são funcionários da empresa ICR Construção Racionais, contratada pela Cyrela para montar e desmontar o estande, que tinha dois pavimentos e a reprodução de um apartamento decorado.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, Milton Persoli, a estrutura que sobrou ainda corre risco de desabamento e o local ficará interditado por tempo indeterminado para perícia. Ele chamou a atenção para a ausência das cópias do alvará e do projeto da obra do estande no local, prevista em lei. "Agora é uma fase de interdição e avaliação de toda documentação da obra, das autorizações e projetos existentes, para que a gente possa identificar e tomar as providências necessárias", disse.
Em nota, a Cyrela afirma que "lamenta profundamente o ocorrido" e "está prestando toda assistência às vítimas e suas famílias e auxiliando as autoridades na investigação". A Prefeitura informou que vai chamar o engenheiro da ICR para comprovar que respeitou o alvará e justificar o ocorrido.
Fabio Leite, Isabela Palhares e Lucas Hirata
Agência Estado
FOLHA DE LONDRINA

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