É bom largar os cadernos', diz aluno sobre programa reconhecido na ONU
Desta vez, os alunos do sexto ano do Colégio Estadual Santa Rosa, em Curitiba, saíram da sala de aula para entender melhor o que são solos, como se formam e como funciona a interação com o homem. Desta vez, "largaram" os cadernos, como disse Douglas Oliveira Kozyel, de 12 anos.
A aula especial foi uma visita ao Programa "Solo na Escola", desenvolvido há 13 anos pelo Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e que agora foi reconhecido internacionalmente ao ser incluído na "Plataforma Boas Práticas para o Desenvolvimento Sustentável" da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU).
“No livro a gente aprende só algumas coisas. No passeio, a gente aprende coisas mais interessantes. O melhor é vir aqui, é melhor do que aprender só pelos livros, pelos cadernos. É bom para largar um pouco os cadernos”, resumiu Douglas.
A Exposição Didática de Solo tem diferentes bancadas nas quais os bolsistas do programa trabalham assuntos relacionados ao tema. Os alunos podem tocar em diferentes tipos de solo, perceber a diferença de textura e, através de experimentos simples, por exemplo, entender como o solo filtra a água da chuva.
A aula especial foi uma visita ao Programa "Solo na Escola", desenvolvido há 13 anos pelo Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e que agora foi reconhecido internacionalmente ao ser incluído na "Plataforma Boas Práticas para o Desenvolvimento Sustentável" da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU).
“No livro a gente aprende só algumas coisas. No passeio, a gente aprende coisas mais interessantes. O melhor é vir aqui, é melhor do que aprender só pelos livros, pelos cadernos. É bom para largar um pouco os cadernos”, resumiu Douglas.
A Exposição Didática de Solo tem diferentes bancadas nas quais os bolsistas do programa trabalham assuntos relacionados ao tema. Os alunos podem tocar em diferentes tipos de solo, perceber a diferença de textura e, através de experimentos simples, por exemplo, entender como o solo filtra a água da chuva.
Os olhos das crianças ficam atentos, não perdem detalhe algum. Interessados, os alunos se espremem para ficar perto das demonstrações. Para muitos, o ponto alto da visita é a hora de entender como as minhocas agem no solo – os mais curioso não perdem a oportunidade de pegar o animal na mão.
O coordenador do programa, o professor Marcelo Ricardo Lima, explica que a proposta consiste em dar artifícios para os professores trabalharem de uma maneira mais verossímil o tema – com divulgação de material de didático, vídeos, demonstrações e formação continuada.
“Nossa estrutura é simples, os experimentos são simples. A nossa intenção é, justamente, que o professor venha e observe que ele pode fazer na escola dele porque não é nada super sofisticado”, afirmou Lima.
Meio ambiente e solo
Além do aspecto do ensino em sala de aula, o programa "Solo na Escola" também tem o propósito de promover a conscientização de que o solo é um componente do ambiente natural que deve ser adequadamente conhecido e preservado.
"Quando a gente fala de meio ambiente, a gente fala, por exemplo, de flora, fauna, da preservação da água, da preservação do ar. Mas raramente as pessoas associam preservação ambiental, com preservação do solo. Eu costumo brincar que as pessoas falam meio ambiente porque falam só da metade de cima. A parte debaixo a gente não se vê e, por isso mesmo, a gente acha que é uma coisa morta".
Meio ambiente e solo
Além do aspecto do ensino em sala de aula, o programa "Solo na Escola" também tem o propósito de promover a conscientização de que o solo é um componente do ambiente natural que deve ser adequadamente conhecido e preservado.
"Quando a gente fala de meio ambiente, a gente fala, por exemplo, de flora, fauna, da preservação da água, da preservação do ar. Mas raramente as pessoas associam preservação ambiental, com preservação do solo. Eu costumo brincar que as pessoas falam meio ambiente porque falam só da metade de cima. A parte debaixo a gente não se vê e, por isso mesmo, a gente acha que é uma coisa morta".
Apesar do reconhecimento internacional pela FAO/ONU ter vindo neste ano, há um bom tempo o programa "Solo na Escola" é reconhecido por colégios e outras universidades do país que têm desenvolvido atividades semelhantes. Segundo o professor Marcelo Ricardo de Lima, ao menos, 20 universidades tocam propostas como a implantada pela UFPR.
"A FAO, é claro, é um órgão internacional que tem essa possibilidade de mostrar essa proposta não só aqui no Brasil, mas também nos países nos quais a FAO atua. Em especial, os países do hemisfério sul que também têm solos de áreas tropicais, como os nossos, e que também têm os mesmos problemas de degradação”, avaliou o professor.
Solo e cidade
Lima acrescenta que acaba havendo um recorte quando se fala do tema porque muitos associam solo apenas ao campo. A questão também é uma problemática urbana por estar ligada à ocorrência de enchentes.
"Um único metro quadrado de solo na cidade, que esteja com vegetação, pode ter uma capacidade grande de absorção de água. Mas, se ele estiver coberto por asfalto, por calçada, a água vai escorrer cada vez mais rápido para dentro do rio".
Esse foi um assunto que chamou atenção da Carolina Evenlin Sebit, de 11 anos.
"Eu achava que a água se dava bem com o solo que não tem nada, mas eu descobri que é ao contrário. Eu achava que o solo não se dava bem com as plantas. Eu achei bem legal aprender várias coisas novas aqui e deu para a gente ver bem. Só no livro não dava muito certo”, disse a estudante
Lima acrescenta que acaba havendo um recorte quando se fala do tema porque muitos associam solo apenas ao campo. A questão também é uma problemática urbana por estar ligada à ocorrência de enchentes.
"Um único metro quadrado de solo na cidade, que esteja com vegetação, pode ter uma capacidade grande de absorção de água. Mas, se ele estiver coberto por asfalto, por calçada, a água vai escorrer cada vez mais rápido para dentro do rio".
Esse foi um assunto que chamou atenção da Carolina Evenlin Sebit, de 11 anos.
"Eu achava que a água se dava bem com o solo que não tem nada, mas eu descobri que é ao contrário. Eu achava que o solo não se dava bem com as plantas. Eu achei bem legal aprender várias coisas novas aqui e deu para a gente ver bem. Só no livro não dava muito certo”, disse a estudante
Agora, com o programa na “Plataforma Boas Práticas para o Desenvolvimento Sustentável” da FAO/ONU, a expectativa é de que a proposta seja ainda mais divulgada a adotada por um número cada vez maior de instituições de ensino, auxiliando na contextualização do solo como parte importante do meio ambiente.
FONTE - GLOBO.COM
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