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Metade dos domicílios brasileiros tem internet.

O número de lares brasileiros conectados à internet chegou ou 32,3 milhões de domicílios em 2014. Pela primeira vez, 50% do total das casas estão conectadas, mostra a pesquisa TIC Domicílios 2014, realizada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br).
O Cetic, órgão vinculado ao Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (Nic.br), elaborou a pesquisa a partir de entrevistas a moradores de 19 mil domicílios em mais de 350 municípios de todo o Brasil entre outubro de 2014 e março de 2015.
Em 2013, 43% das casas no Brasil estavam conectadas. O salto para 50% ocorreu porque, a partir da edição de 2014, a TIC Domicílios passou a incluir na conta dos lares conectados as casas com acessos feitos pelo celular.
81,5 milhões acessam por celular
“O smartphone têm sido um dispositivo que permite a inclusão de cidadãos que não usavam a rede”, afirmou Alexandre Barbosa, gerente do Cetic. A pesquisa aponta que 47% dos brasileiros com mais de 10 anos, ou 81,5 milhões de pessoas, navegaram na internet por meio de um celular em 2014.
Diferentemente dos dados da Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel), que mostra o número de linhas de celular, a pesquisa traz a quantidade de pessoas que de fato usaram celular. Em 2014, o Brasil atingiu 148,2 milhões de pessoas com acesso ao aparelho. Segundo a Anatel, o país fechou o ano com linhas de 281,1 milhões – densidade de 138 conexões móveis a cada 100 habitantes.
Apesar da alta penetração, 14% da população ainda não usa celular, mostra o estudo do Cetic. Segundo Winston Oyadomari, coordenador da pesquisa, esses excluídos móveis estão na classe C e D (32% não usa celular) e na zona rural (26% não usa celular).
A pesquisa mostra ainda que os computadores já não contribuem mais para impulsionar a inclusão digital. Se em 2013, 49% das casas possuíam computadores, em 2015, esse índice passou a 50%. “É interessante observar que o movimento que a gente observa nos domicílios com acesso à internet não ocorre na proporção de domicílios com acesso ao computador”, afirma Oyadomari.

11,5% dos lares acessam a internet

apenas por celular e tablet, diz IBGE

Os computadores ainda eram o aparelho mais usado para se conectar à internet no Brasil, em 2013, segundo o Instituto Brasileira de Geografia e Estatística. Celulares e tablets, no entanto, se tornaram o aparelho exclusivo de 11,5% dos domicílios.
Os dados estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), referente a 2013, feita com o Ministério das Comunicações.
Segundo Jully Ponte, técnica de coordenação de rendimento e trabalho do IBGE a especialista do instituto, “em comparação com as estimativas coletadas pela União Internacional de Telecomunicações (UTI) para 2013, o percentual de domicílios com acesso à internet no Brasil, segundo a estimativa do IBGE (48%), está abaixo da média dos países da Europa (76,2%) e da América (54,6%)”.
Mudança na pesquisa
Até 2013, o IBGE registrava apenas as conexões feitas com computador e agora passou a contabilizar os acessos feitos com smartphones, tablets, TVs conectadas e outros dispositivos.
Das casas online, 88% usavam computador para acessar a rede; 53,6% utilizavam celulares; e 17,2%, tablets. Segundo o IBGE, 7,1 milhões das casas possuem tablets e 5,4 milhões deles eram usados para entrar na internet em 2013.
O acesso à internet estava presente em 31,2 milhões de domicílios brasileiros. O instituto constatou que os computadores são responsáveis exclusivos por conexões em 42,4% das casas. Os moradores de 11,5% das residências usavam apenas celulares e tablets para se conectar.
Os PCs possuem vantagem sobre os dispositivos móveis em 21 estados mais o Distrito Federal. O que varia é o índice: é maior em Rondônia (61,1% contra 11,5%) e menor no DF (31,8% contra 6,4%).
Celular bate computadores em 5 estados
“A gente observa que na Região Norte, o uso do celular como veículo de acesso à internet superou o uso do computador”, diz Jully Ponte, do IBGE. Em cinco estados, a disputa fica melhor para os celulares, responsáveis pela maior parte das conexões: Sergipe, Pará, Roraima, Amazonas e Amapá.
Esse último é onde os aparelhos móveis são a fonte de conexão para o maior percentual de casas, 43%; o de computadores chega a 11,9%.
“Esses dados são de 2013. Em 2014, a gente verificou um aumento muito grande na venda de smartphones por conta da política de desoneração do smartphone. Então a gente acha ainda vai ter um efeito ainda maior quando saírem os números de 2014”, diz Pedro Araújo, gerente de projetos do Ministério das Comunicações.
Formas de conexão
Além dos aparelhos utilizados para se ligar à internet, o IBGE analisou as formas de conexão. Ainda que a banda larga seja a realidade para 30,5 milhões de casas (97,7% do total), a conexão discada é a forma de acesso para 725 mil casas.
No caso das residências com banda larga, 77% delas têm banda larga fixa e 43,5%, a móvel. A região Norte é a única em que a cobertura da internet móvel é maior que a fixa. Com exceção de Rondônia, é isso que ocorre em todos os estados nortistas.
Araújo, do Ministério das Comunicações, afirmou o acréscimo de conexões computadas em 2014 “vai ter impacto bastante relevante em termos de acesso”.
“A gente não pegou os dados de 2014 ainda, mas acreditamos que foram acrescentados mais de 50 milhões de acessos. Não consigo afirmar pelas operadoras, pode até haver esse interesse [de inclusão digital], mas por obrigação regulatória, até 2019, todos os municípios terão que ter banda larga móvel”, diz.
Entre jovens de 15 a 17 anos, 76% acessam a internet (Foto: G1)
Acesso por idade
Em um recorte da Pnad a partir de grupos de idade, o IBGE constatou que pessoas entre 15 e 17 anos e de 18 a 19 anos registraram os maiores índices de internautas em 2013, com 76% e 74,2%, respectivamente.
Já na faixa etária entre 40 e 49 anos, 44,4% do total acessa a internet.
Apenas 21,6% de quem tem mais de 50 anos se conecta à web. Entre os que possuem acima de 60 anos, o percentual de conectados chegou a 12,6%. Apesar de parecer baixo, o índice de idosos com acesso à internet mais que dobrou desde 2008, quando apenas 5,7% deles estavam online.
Por rendimento
De acordo com o IBGE, o acesso varia conforme a rede das pessoas. A quantidade de brasileiros conectados variou de 49,1% entre aqueles que ou não possuem renda ou recebem até um quarto do salário mínimo, a 95,7% das pessoas com mais de dez salário mínimos.
“A gente percebe que quanto maior o rendimento domiciliar per capita, maior é o número de pessoas com celular”, comenta Araújo, do Ministério das Comunicações.

Fonte:G1

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