Usuários da Sercomtel, operadora do Paraná, têm WhatsApp liberado
70 mil usuários de internet móvel da operadora não foram atingidos.
Não ter atuação no Sergipe livrou o bloqueio, segundo presidente.
Os usuários da Sercomtel Telecomunicações, operadora do Paraná, não foram atingidos pelobloqueio do WhatsApp, determinado por um juiz de Sergipe, nesta segunda-feira (2).
Segundo o presidente da Sercomtel, Cristian Schneider, cerca de 400 mil usuários de internet fixa e 70 mil de internet móvel, todos do estado, continuam usando o aplicativo de mensagens normalmente.
"Não fomos notificados pela Justiça e, portanto, seguimos operando normalmente. Nós não temos atuação no Sergipe, de onde foi expedida a ordem, e por isso não fomos atingidos. É estranho, porque a punição é para o WhatsApp, não para as operadoras. Acho que foi um erro do juiz", afirma Schneider.
O presidente ressalta que todos os usuários de internet móvel da operadora estão em Londrina e região. A Sercomtel tem autorização para atuar em outros estados, mas ainda não o faz. "Bom para nossos clientes, que não sofreram com o bloqueio", brinca.
Usuários de outras operadoras pequenas espalhadas pelo Brasil também não foram prejudicados pela decisão. A decisão judicial foi direcionada a TIM, Oi, Claro, Vivo e Nextel. Líderes no setor, as cinco possuem juntas 256 milhões de acessos móveis, o que corresponde a 99,3% do total no Brasil.
A decisão
A decisão do juiz Marcel Maia Montalvão, da Vara Criminal de Lagarto, no Sergipe, atendeu a um pedido de medida cautelar da Polícia Federal, que foi endossado por parecer do Ministério Público.
A decisão do juiz Marcel Maia Montalvão, da Vara Criminal de Lagarto, no Sergipe, atendeu a um pedido de medida cautelar da Polícia Federal, que foi endossado por parecer do Ministério Público.
O bloqueio foi pedido porque o Facebook, dono do WhatsApp, não cumpriu uma decisão judicial anterior de compartilhar informações que subsidiariam uma investigação criminal.
A recusa já havia resultado na prisão do presidente do Facebook para América Latina em março deste ano. Em comunicado, o WhatsApp lamentou a decisão e disse não ter a informação exigida pelo juiz.
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