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CONQUISTA - HU comemora 102 transplantes de medula




Unidade do HU foi criada em setembro de 2010 e atende pacientes do Norte e Noroeste do Estado

Celso Pacheco
Letícia Gordan Martins, coordenadora da TMO: "Descentralização foi positiva"

Em quase seis anos de funcionamento, a Unidade de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Hospital Universitário de Londrina realizou 102 procedimentos. Com a inauguração da unidade, em setembro de 2010, o serviço de transplante autólogo (realizado com as células do próprio paciente) de medula pôde ser descentralizado, o que representou um ganho para os pacientes da região de Londrina e seus familiares, que antes tinham de procurar atendimento em Curitiba. Deixar as famílias mais próximas dos pacientes em tratamento foi um dos principais benefícios obtidos com a implantação da TMO.
Ontem, foi dia de comemorar os resultados, em um evento incluído na programação da II Quinzena Municipal de Conscientização à Doação de Sangue de Londrina, realizado de 1º a 14 de junho em parceria com a Prefeitura de Londrina.
"Atendemos não só Londrina, mas todo o Norte do Paraná e uma parte da 15ª Regional de Saúde, que tem a sede em Maringá (Noroeste). A descentralização foi muito positiva porque ao trazer o serviço para o interior possibilitou que os familiares dos pacientes estivessem próximos", avaliou a coordenadora da TMO, Letícia Gordan Martins.
"Muitas vezes as pessoas não conseguem perceber o potencial de transformação de vida que acontece neste centro", disse a chefe da Central de Transplantes da Região Norte, Ogle Beatriz Bacchi de Souza. "A descentralização do serviço reduziu o tempo de espera por um transplante para dois ou três meses e essa redução no tempo de espera é para se comemorar. Só quem fica nessa fila consegue perceber que cada dia é fundamental", acrescentou. Além de Curitiba e Londrina, apenas Cascavel (Oeste) tem uma unidade de transplante de medula.

PERFIL
Entre os 102 pacientes que realizaram o transplante na TMO, 58% eram homens acima dos 40 anos de idade e a maior parte deles foi diagnosticada com mieloma múltiplo. Os linfomas são o segundo tipo de câncer mais comum entre os pacientes da unidade.
Os moradores de Londrina correspondem a 32% dos atendidos no HU. A maioria, 68%, são provenientes das 30 cidades incluídas na macrorregião Norte e de municípios atendidos pela 15ª Regional. "No Paraná, temos falta de leitos e esse serviço contribuiu para aumentar a oferta de leitos no Estado. O HU tem dado uma contribuição significativa", ressaltou Ogle.
A TMO conta com três leitos e atende pacientes com idade acima de 18 anos. Os repasses para a manutenção da unidade não estão incluídos no contrato com o gestor municipal e são feitos diretamente pelo Ministério da Saúde para ressarcimento dos gastos. Mas a unidade é autossuficiente, com um faturamento anual de R$ 3.190.858,26. (Leia mais na pág.2)
Simoni Saris
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA

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