IDEB - Municípios com melhor avaliação têm só uma escola
Escola Municipal Serranópolis do Iguaçu obtém bons resultados há 11 anos
Angela Candioto/Divulgação
Escola Municipal Vânia Maria Simão tem 300 alunos, 95 deles são atendidos em período integral
Comparando o desempenho dos municípios no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2015, os dois que obtiveram as maiores notas foram Atalaia (Noroeste) e Serranópolis do Iguaçu (Oeste), que possuem respectivamente 4.002 e 4.645 habitantes, segundo projeção do IBGE. Ambos conquistaram 8,1 de média e o fato que chama a atenção é que cada município só tem uma escola.
A secretária de Educação de Atalaia, Ângela Maria Candioto, diz que não foi fácil conseguir esse desempenho da Escola Municipal Vânia Maria Simão. "É uma questão de trabalho árduo. O principal fato que nos levou a esta nota foi o investimento na individualidade do aluno como ser humano", afirma. A escola tem 300 alunos, 95 deles são atendidos em período integral. "As crianças vão para outro centro, onde realizam mais duas horas de estudo e em outras duas horas participam de oficinas de artes cênicas, dança, xadrez, caratê, entre outras", explica.
A exemplo das outras escolas com bom desempenho, os alunos de Atalaia realizam simulados, identificam os pontos fracos e recebem aulas de reforço no contraturno. "Implantei uma equipe multidisciplinar com psicóloga, fonoaudióloga, assistente social, pedagoga e nutricionista que trabalham na prevenção de qualquer problema", destaca, apontando que análise de necessidades das crianças acontece desde a educação infantil.
OESTE
Na Escola Municipal Serranópolis do Iguaçu, o diretor Leandro Luiz Hippler destaca que bons resultados são obtidos há 11 anos. "Desde 2005, quando ficamos em quarto lugar no Estado, temos ficado entre os melhores. Em 2009 foi o primeiro ano que ficamos em 1º lugar como município. Em 2013 e 2015 repetimos o bom desempenho e também ficamos com a melhor nota. Somente em 2011 não obtivemos nota, porque não tínhamos alunos para fazer a prova", expõe. A escola ainda não funciona em período integral, mas são realizadas atividades no contraturno, que existe desde 2014.
Ele relata que viu muitas reportagens de escolas que apresentaram desempenho ruim e justificaram a alta rotatividade. "Por sermos uma cidade de fronteira, também temos rotatividade alta de alunos e conseguimos trabalhar isso; não temos faltantes", analisa.
O diretor também destaca o grande apoio da Associação de Pais Mestres e Funcionários, que já adquiriu muitos equipamentos para a escola. E elogia os docentes. "Os professores são bem comprometidos; eles abraçam a causa, vêm fora de horário e fazem sessões de estudos à noite em que a maioria participa."
Sobre o envolvimento dos pais, Hippler destaca que nesse quesito a integração é muito boa. "Temos uma comunidade de interior em que muitos vivem no sítio, mas qualquer ocorrência, a gente liga e eles vêm para a escola."
Vítor Ogawa
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA
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