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BEISEBOL - O sonho nas mãos



Sulivan Almeida, 12, foi descoberto em um projeto social da Acel e já treina no CT da seleção: "Meu sonho é me tornar um profissional"


O sonho de jogar na maior liga de beisebol do mundo literalmente passou pelas mãos de dezenas de jovens na última semana em Londrina. A cidade recebeu uma das etapas de um trabalho de descoberta de novos talentos desenvolvido pela Major League Baseball (MLB).
Com forte presença da comunidade japonesa e tradição na prática e revelação de jogadores de beisebol, Londrina voltou a ser escolhida pela liga profissional norte-americana e recebeu mais de 50 garotos de 13 a 18 anos de cidades do Paraná e do interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
A "peneirada" da MLB no Brasil, realizada pela segunda vez na cidade, teve etapas ainda em Ibiúna (SP) e Marília (SP), somando 200 jogadores observados. A escolha e a análise do desempenho ficaram a cargo de dois venezuelanos, observadores oficiais da MLB e do brasileiro Thiago Caldeira, ex-jogador e atual técnico da seleção brasileira, e olheiro da liga no País.
De cada etapa serão escolhidos entre 10 e 15 jogadores, que vão receber bolsas para treinar durante um ano no Centro de Treinamento da Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol (CBBS), em Ibiúna. "No ano que vem faremos o Elite Camp com estes jogadores. Diversos treinadores ligados à MLB estarão no Brasil e estes meninos terão a oportunidade de conseguir bolsas de estudo e treinamento nos Estados Unidos e até contratos profissionais", explica Caleb Santos-Silva, coordenador e comissário da MLB.

Potencial

Descoberto há quatro anos em um projeto social da Associação Cultural e Esportiva de Londrina (Acel) na escola onde estudava, Sulivan Ribeiro de Almeida, 12 anos, aparece como uma das grandes revelações da modalidade e por isso já treina no CT da seleção brasileira. "Quando conheci o beisebol gostei da ação do jogo e me identifiquei com os times", revela o menino, que atua como pitcher (arremessador) e garante ter o apoio irrestrito da família. "A vinda desses olheiros é uma oportunidade muito boa de me ajudar no meu sonho, que é me tornar um profissional".
Enzo Issao Kawamura venho de Presidente Prudente (SP) com mais três amigos para tentar convencer os observadores da MLB. Aos 16 anos, Enzo sabe que a disputa com jogadores mais velhos dificulta o trabalho, mas reconhece a importância da experiência. "Já participei outras vezes e acredito que tenho conseguido evoluir no meu jogo. Independentemente de ser escolhido ou não, a experiência vale muito".
O londrinense Guilherme Palhares, 14 anos, abandonou o futebol para conhecer o beisebol, após o convite de amigos. Desde o início do ano mora, treina e estuda no CT de Ibiúna, onde tem condições de qualificar o seu desempenho. "A diferença é que lá a dedicação é total e treinamos todos os dias, além de ter diversos treinadores. O objetivo agora é conseguir uma bolsa e até mesmo um contrato para jogar nos Estados Unidos", afirma.
"Em Ibiúna, estes meninos têm todo um trabalho especial de preparação física, musculação e treinos indicados por técnicos da MLB. A partir disso, são todos considerados de alto potencial para estudar e jogar nos EUA", aponta Santos-Silva.
Lucio Flávio Cruz
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA

Mais de 50 garotos de 13 a 18 anos do PR o interior de SP e MS participaram da peneirada na Acel


Aos poucos os brasileiros começam a ganhar espaço na Major League Baseball (MLB), a liga profissional norte-americana de beisebol, a maior e mais bem sucedida do mundo. O primeiro brasileiro a estrear na MLB foi Yan Gomes, em 2012, e que hoje joga no Cleveland Indians. Atuando na posição de catcher (receptor), Gomes assinou, em 2014, um contrato de seis anos com os Indians de US$ 23 milhões (cerca de R$ 71 milhões). 
Outro brasileiro com destaque é o também paulistano Paulo Orlando, que em 2015, seu ano de estreia na Liga, foi o primeiro do País a ser campeão da MLB, atuando pelo Kansas City Royals, seu atual time. Atuando como defensor externo, Orlando passou dez anos jogando em ligas inferiores, inclusive em países com menos representatividade internacional, como a Venezuela, antes de chegar à MLB. Atualmente pelo menos outros sete brasileiros jogam em ligas de acesso nos Estados Unidos. 
"A presença destes brasileiros serve como incentivo para os jovens. Já temos agendados outros projetos de busca de talentos em cidades como Curitiba, Rio de Janeiro, Cuiabá e Recife", revela Caleb Santos-Silva, coordenador e comissário da MLB. "Queremos mostrar ainda que adolescentes que praticam outras modalidades também podem ter potencial para jogarem beisebol". A MLB realiza clínicas semelhantes de busca de novos talentos em vários países das Américas, Europa e Oceania. (L.F.C.)
FOLHA DE LONDRINA

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