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Funcionário de pronto-socorro é demitido por tirar e compartilhar fotos de mulheres

FONTE - GLOBO.COM
Um funcionário terceirizado que trabalhava na recepção do Pronto-Socorro do Hospital Municipal José Nigro Neto, em Américo Brasiliense (SP), foi demitido na quarta-feira (6) por fotografar pacientes e compartilhar as imagens em grupos do WhatsApp.
O comportamento do homem foi denunciado por servidoras do hospital à diretora de Saúde, Eliana Aparecida de Oliveira Marsili, que levou o caso ao prefeito Dirceu Pano (PSDB), no final de novembro.

Denúncia

Segundo a denúncia, o homem fazia fotografias de pacientes na recepção e colocava em grupos com comentários a respeito dos corpos das mulheres.
De acordo com assessoria de imprensa da prefeitura, quando soube do caso o prefeito pediu providências à empresa terceirizada responsável pela contratação do denunciado.
A princípio, o funcionário foi transferido para outro setor do mesmo hospital até que uma investigação interna fosse realizada, mas, devido à repercussão do caso, o prefeito solicitou o desligamento definitivo do funcionário.
Funcionário tirou fotos de mulheres no Pronto-Socorro de Américo Brasiliense (Foto: Reprodução/ EPTV)Funcionário tirou fotos de mulheres no Pronto-Socorro de Américo Brasiliense (Foto: Reprodução/ EPTV)
Funcionário tirou fotos de mulheres no Pronto-Socorro de Américo Brasiliense (Foto: Reprodução/ EPTV)

Compartilhamento de fotos

O ex-funcionário disse ao G1 que o caso ocorreu há muito tempo e foi divulgado com interesse de prejudicá-lo no trabalho.
"Faz um tempo que isso aconteceu foi posto uma foto num grupo de whatsapp fechado, uma pessoa do grupo retirou e colocou para fora porque não gosta de mim e tem problema pessoal comigo porque eu trabalhava no posto e via bastante coisa. Essa pessoa, talvez se sentindo ameaçada, fez isso comigo", afirmou.

Segundo o homem, a pessoa que o denunciou trocava fotos com ele. "Ele passava várias fotos para mim, uma vez só eu passei para ele e ele fez essa atitude desnecessária", disse.
Ele disse ainda que está arrependido e enfrentando muitos problemas por conta da denúncia. "Estou arrependido porque isso acarretou problemas na minha vida, no meu casamento. Hoje eu estou sofrendo por isso, mas é coisa de lá atras, do passado, feito num grupo. A maldade foi de quem pegou essa foto no grupo e levou para fora para me prejudicar , mas eu não fiz isso de maldade, de forma alguma", afirmou.

Crime

A Polícia Civil informou que nenhuma das mulheres fotogradas procurou a delegacia para registrar queixa contra o ex-funcionário do pronto-socorro.
O compartilhamento das fotos pode ser classificado como difamação (imputar fato ofensivo à reputação) ou injúria (ofender a dignidade ou decoro), segundo os artigos 139 e 140 do Código Penal, caso a pessoa fotografada se sinta ofendida.
Como não houve divulgação de nudez, caso as vítimas procurem a polícia será feito um termo circustanciado, que é lavrado em crimes de menor potencial ofensivo.

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