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Vítimas de explosão de rojões querem justiça

As vítimas da explosão de fogos de artifício na virada do ano na rua Caraíbas, na Vila Casoni (centro), estão providenciando documentos para buscar na Justiça ressarcimento pelos danos contra a pessoa que realizou a queima de fogos mal sucedida, que acabou danificando veículos e imóveis, além de ferir uma pessoa.

O mecânico Naldemir Leite, 48, teve o olho esquerdo atingido por estilhaços e pode perder a visão. Na manhã desta terça-feira (2), ele registrou a ocorrência e procurou um advogado para ingressar com uma ação contra o vizinho, que há 10 anos realiza a queima de fogos no local.

Leite estava em frente de sua casa quando a bateria de fogos de artifício foi atingida por uma fagulha e explodiu no nível do chão, causando ferimentos nele e danos em dez veículos e em pelo menos cinco imóveis. Nesta terça, o mecânico afirmou que o vizinho que disparou os rojões lhe pediu desculpas. "Ele me pediu desculpas e disse que estava triste pelo acontecido."

O advogado Osvaldo Américo, contratado por Leite, disse que pediu para que um médico emitisse um laudo para informar a extensão do dano em sua visão e adotará as medidas cabíveis.

Outra pessoa que poderá ingressar com ação judicial é o cantor Antônio Silva, que teve o seu carro destruído pela explosão. Já o proprietário de uma farmácia, Claudemir Domingues Porto, 52, cujo carro também foi atingido, pretende tentar um acordo amigável. "Eu tenho uma farmácia em Cornélio Procópio e tive que colar plásticos no lugar das vidraças para ir até lá."

O delegado chefe da 10ª Subdivisão da Polícia Civil de Londrina, Osmir Ferreira Neves Junior, afirmou que em casos como esses, o procedimento é o registro de termo circunstanciado. "A pessoa que soltou os fogos não tinha intenção de causar o acidente, mas foi feita de forma imprudente. Nesses casos a pena prevista é inferior a dois anos de reclusão", afirmou o delegado.

A reportagem tentou conversar com o responsável pela queima dos fogos de artifício, mas ninguém atendeu à campainha ou aos telefonemas.
Vítor Ogawa
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA

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