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Após um ano do acidente, caso de ciclista atropelado tem 1ª audiência

Bibiana Baggio, irmã da vítima, lamentou a demora da Justiça que, segundo ela, só faz aumentar a angústia


A primeira audiência do caso do ciclista João Pedro Rodrigues da Silva, 18, que morreu após ser atropelado no dia 22 de janeiro de 2017, na avenida Leste-Oeste, em Londrina, foi realizada na tarde desta segunda-feira (5), na 1ª Vara Criminal de Londrina. Na época, o motorista acusado de ser o responsável pelo acidente foi preso em casa horas depois, pois não teria parado para prestar socorro. Atualmente ele é monitorado por tornozeleira eletrônica.

Três testemunhas de acusação arroladas no processo foram ouvidas pela juíza Elizabeth Kather. São dois policiais que atenderam a ocorrência e um primo da vítima, que acompanhou a situação desde o início. Uma nova audiência foi marcada para o dia 12 de março, às 13h, no mesmo local. Nesta nova sessão serão indagadas pela magistrada mais duas testemunhas de acusação.

Na audiência desta segunda, cerca de 15 pessoas, entre familiares e amigos de Silva, estiveram no Fórum com camisetas que estampavam a imagem do jovem. Eles cobram agilidade da Justiça e que o condutor acusado seja preso. "Queremos que ele tire a tornozeleira e vá para atrás das grades. O sentimento de dor é constante e ainda não digeri o porquê de meu irmão ter morrido", lamentou Bibiana Baggio, irmã da vítima. "Ninguém merece isso e a demora só faz aumentar a angústia", acrescentou.

A advogada Kaune Guerra Mazzia, que defende Marcos Gelinski, afirmou que irá esperar o resultado das audiências e que não iria se manifestar. O promotor Ricardo Alves Domingues, que ofereceu a denúncia, preferiu não se pronunciar na fase de instrução e ainda aguardava que os depoimentos desta primeira audiência fossem somados ao processo.

CASO
João Pedro Rodrigues da Silva estava indo de bicicleta para casa buscar uma rede de vôlei quando foi atropelado. Ele chegou a ser atendido e ficou internado por nove dias na Santa Casa, quando morreu em decorrência de um traumatismo craniano. Apontado como motorista que atropelou o rapaz, Gelinski foi encontrado em sua casa pela polícia e levado à delegacia para prestar depoimento. Ele confessou ao delegado que tinha ingerido pinga, versão mudada em juízo. A defesa alega que não foi respeitado o direito da intimidade do domicílio e que as provas colhidas estão "contaminadas".
Pedro Marconi
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA

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