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Janela partidária e eleições mudam a 'cara' da Assembleia

Apesar do crescimento da bancada independente, a tendência é contar com 29 a 32 governistas nas votações


Curitiba – A proximidade do pleito de outubro já começa a refletir no dia a dia da Assembleia Legislativa (AL) do Paraná. Dos 54 deputados estaduais, 12 trocaram de legenda durante a chamada "janela partidária", que se fechou no sábado (7), o que corresponde a 22%. A sigla que mais ganhou adeptos foi o PSD, do pré-candidato ao governo Ratinho Jr. Foram três novos filiados: Francisco Bührer (ex-PSDB), Mauro Moraes (ex-PSDB) e Ademir Bier (ex-PMDB), além de Stephanes Jr. (ex-PSB). O último, porém, voltou à condição de suplente da coligação, uma vez que Artagão Jr. (PSB) deixou a Secretaria da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos (Seju) e reassumiu seu mandato.

Quem também estará ao lado de Ratinho é a Cantora Mara Lima, que trocou o PSDB pelo PSC, outro partido controlado pelo parlamentar. Houve, porém, quem fizesse o caminho inverso. Como pretendem apoiar a recém-empossada governadora Cida Borghetti (PP), que concorrerá à reeleição, Luiz Carlos Martins (ex-PSD) e Gilberto Ribeiro (ex-PRB) migraram para o PP. Outro que retornou ao Legislativo foi o até então secretário do Esporte e Turismo Douglas Fabrício (PPS), que segue no PPS e na base aliada. Tanto ele como Artagão buscarão se eleger deputados novamente.

A disputa pela Presidência da República também influenciou o troca-troca na AL. Rasca Rodrigues (ex-PV) e Fernando Scanavacca (ex-PDT) engrossaram o Podemos, do senador Alvaro Dias (Pode-PR), enquanto Felipe Francischini (ex-SD) e Missionário Ricardo Arruda (ex-PEN) acompanharam o igualmente presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Até então único membro do PSL na Assembleia, Adelino Ribeiro foi para o PRP. A outra mudança registrada foi a de Márcio Pauliki, do PDT para o Solidariedade.

TROCA NA LIDERANÇA
Conforme a FOLHA adiantou na semana passada, houva ainda a troca na liderança da situação. O novo representante do Executivo na Casa é Pedro Lupion (DEM), que substitui Luiz Cláudio Romanelli (PSB). "É importante ressaltar a mensagem de continuidade desse governo. A Cida era vice-governadora, assumiu o governo e continuará o bom trabalho do governador Beto Richa (PSDB), as políticas públicas", disse o político do DEM.

Segundo ele, apesar do crescimento da bancada independente, a tendência é contar com 29 a 32 governistas nas votações. "A gente tem que separar o que é base de governo do que é questão eleitoral. A questão eleitoral vai ficar mais acirrada com o passar dos meses e, a partir de julho ou agosto, vem a campanha. É natural que as forças se aglutinem em torno dos candidatos. Mas o governo tem maioria suficiente para aprovar projetos", assegurou.

Romanelli, que esteve à frente do cargo durante o segundo mandato de Beto Richa, desde 2015, agradeceu a confiança do agora ex-governador, sobretudo quando da aprovação das mensagens do ajuste fiscal. O deputado chegou a ser líder também na gestão Roberto Requião (PMDB). "Hoje o Paraná é um Estado diferenciado. Quero agradecer muito também a oposição, que sempre valorizou o debate político, o diálogo, e nós conseguimos construir soluções", destacou.
Mariana Franco Ramos
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA

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