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Grupo que matou jovem que estava desaparecido comemora crime em churrasco

Um jovem de 18 anos e três adolescentes foram detidos suspeitos do crime





Policiais de Araucária, na região metropolitana de Curitiba, prenderam Daniel de Lima Bosco, de 18 anos, e apreenderam mais três adolescentes suspeitos de envolvimento na morte de Murillo Casarin, 19. O corpo da vítima foi encontrado enterrado, na madrugada desta segunda-feira (14), em um bosque na Rua Sílvio Cantele, no bairro Capela Velha.

As investigações apontam que, depois do crime, os detidos participaram de um churrasco, como se nada tivesse acontecido. O homicídio aconteceu no último sábado (12), quando a vítima foi golpeada dezenas de vezes na cabeça com uma marreta, e enterrada em uma cova rasa dentro de um matagal.


De acordo com o delegado João Marcelo Renk Chagas, responsável pelo caso, tudo indica que o homicídio foi motivado por ciúme. “O Daniel matou o Murillo por ciúme da namorada, uma adolescente de 17 anos, que é prima da vítima. Outro casal de menores, uma menina de 14 e um rapaz de 17, também foram apreendidos por suspeita de envolvimento na morte do rapaz”, contou ele.

A polícia acredita que o crime foi premeditado já que, duas semanas antes, os acusados teriam cavado uma cova entre duas bananeiras do bosque, onde posteriormente a vítima foi encontrada. “Há alguns dias, eles tentaram atrair Murillo para encontrá-los naquele local, mas ele não foi. Dessa vez, no entanto, os suspeitos usaram uma foto da adolescente de 14 anos, sugerindo que ele participasse de um encontro com ela”, explicou Chagas.

No sábado à tarde, então, Murillo saiu de casa, em Curitiba, e foi de ônibus para Araucária, para passear com a prima (namorada de Daniel) e a garota da imagem que mandaram para ele. “Para ir até a casa da prima, no entanto, ele precisava passar por um caminho no meio do mato, lugar onde foi abordado pelo Daniel e mais outro adolescente. Ele foi, então, levado para a cova e morto brutalmente a marretadas, com mais de 30 golpes. Pelo o que apuramos, ele poderia até estar vivo quando foi enterrado”, completou o delegado.

Em depoimento, cada suspeito falou uma coisa diferente, segundo Chagas. “Um alega que só emprestou o Facebook, o outro disse que só ajudou a enterrar, o outro que não tinha intenção de matar… Mas nós vamos esclarecer tudo isso. O que sabemos é que o Daniel tinha um ciúme possessivo, tinha até uma tatuagem escrita ‘amor eterno’ para a namorada. E o Murillo era uma pessoa muito carinhosa, que gostava de abraçar e mandar mensagens para a prima. Mas nós vimos o celular dele e não havia nada comprometedor, era um relacionamento normal entre parentes”.

Além do assassinato, Daniel também foi reconhecido por crime de roubo. Ele deve responder por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Já os adolescentes serão autuados pelos dois primeiros crimes.

Participação da prima

Segundo a polícia, a prima foi quem insistiu para que o rapaz fosse até o encontro no dia da morte. A delegada Hastrit Greipel, da Delegacia da Mulher e do Adolescente de Araucária, relatou que ela chamou o primo até lá e, depois de muito negar a participação no caso, foi confrontada por parentes e abriu o jogo. “A menor alegou que estava sob ameaça do namorado e a polícia foi acionada para atender a essa situação. Mas, posteriormente, ela contou aos pais, no almoço de Dia das Mães, o que tinha acontecido com o Murillo”.

Todos os suspeitos foram encaminhados à delegacia, para as medidas cabíveis. A Polícia Civil continua a investigar o caso para a conclusão do inquérito.




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