Região de Londrina fecha 713 empregos em maio
As cinco principais cidades da região de Londrina fecharam 713 postos de trabalho no mês de maio. Quase a metade, ou 321 das vagas encerradas, foram em serviços, que puxou o resultado negativo, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgado na quarta-feira (20) pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
O desempenho regional contrasta com o estadual
e o nacional, que ficaram positivos. Foram abertas 1,7 mil vagas no
Paraná, com destaque justamente para serviços (3 mil). O setor também
foi o segundo mais aquecido no País (18,5 mil), atrás do agropecuário
(29,3 mil), e ajudou a fechar o mês com 33,6 mil novas carteiras
assinadas.
Outro destaque negativo na
região foi a indústria, que fechou 199 vagas. O consultor econômico da
Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), Marcos
Rambalducci, afirma que o resultado mostra que a economia não se
recupera como o esperado. "O setor de serviços vai muito a reboque da
indústria. Em Londrina, temos uma maior dependência de serviços e
comércio e esse desempenho mostra que não se está trazendo dinheiro novo para a cidade."
Para junho, Rambalducci espera uma nova queda. "A
indústria da transformação, que já vinha com problemas, vai sofrer por
impacto da greve dos caminhoneiros", diz o economista. Quando
considerado somente em Londrina, foram fechadas 441 vagas no mês. O
número ampliou o saldo negativo desde janeiro para 518.
No Paraná, o saldo acumulado desde o primeiro mês do ano é
positivo em 38,7 mil vagas, número que representa 1,51% a mais de
empregos em relação à base do fim do ano passado. Serviços (23 mil) e
indústria (11,1 mil) foram os dois setores que aqueceram o mercado no
período.
NO PAÍS
Apesar de abrir 33,6 mil novas
vagas de emprego formal, o resultado nacional foi inferior ao registrado
no mesmo mês de 2017, quando o saldo foi positivo em 34,2 mil. A
diferença entre contratações
e demissões foi a menor registrada no ano. Em abril o saldo de criação
de postos de trabalho ficou em 115,9 mil, em março foi de 56,1 mil, em
fevereiro, de 61,2 mil e em janeiro, de 77,8 mil.
Nos cinco primeiros meses do ano, o resultado é de
novas 381,1 mil vagas. No acumulado do ano, o setor de serviços foi o
que mais gerou empregos formais (272,7 mil). Já o comércio foi marcado
entre janeiro e maio por um saldo negativo de 76 mil vagas.
Segundo o Caged, o salário médio de admissão, de R$ 1.527, ficou menor do que o pagamento médio no desligamento, de R$ 1.684. Nos dois foram registradas quedas de, respectivamente, R$ 10,33 e R$ 8,08.
O trabalho intermitente, que é por hora e passou a
valer a partir da reforma trabalhista, teve saldo de 3,2 mil
contratações no mês, ou pouco menos do que 10% do total. As ocupações
mais frequentes neste tipo de jornada foram repositor de mercadorias,
operador de caixa, operador de telemarketing, vendedor e auxiliar de
escritório.
Fábio Galiotto
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA
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