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Cidades do Norte Pioneiro aguardam obras em hospitais

Ignorado desde 2016 quando foi interditado pela vigilância sanitária, o hospaital de Jundiaí do Sul começou a ser restaurado em julho e deve ficar pronto em seis meses.

Jundiaí do Sul - Cadeiras, equipamentos, portas, uma cadeira de rodas e lixo eram algumas das quinquilharias encontradas na frente do Hospital Municipal São Francisco, em Jundiaí do Sul, Norte Pioneiro. Ignorado desde 2016, quando a vigilância sanitária interditou o local, foi visitado pela FOLHA no dia 16 de julho, um dia antes das obras de reforma começarem.

Qualquer um conseguiria abrir a porta do hospital e entrar no espaço onde situava-se, empoeirado, um aparelho de raio-X. Felizmente, sem o tubo radioativo. A restauração do hospital será feita com R$ 400 mil provenientes da Sesa (Secretaria Estadual de Saúde), como explica o prefeito Eclair Rauen (DEM). "Temos a situação resolvida juridicamente. Os repasses são um convênio com o governo estadual, mas qualquer coisa adiantaremos com nossos recursos e depois ajustamos com o Estado", disse. 


A ideia é que o hospital se torne uma unidade mista, abrangendo a UBS (Unidade Básica de Saúde), única referência de saúde na cidade. "[A reforma] Sobrou para mim, mas vou deixar tudo zerado. Temos dinheiro em conta para comprar equipamento, vamos dar andamento na obra o mais rápido possível", afirmou.

As obras começaram, o telhado foi substituído e o lixo retirado, de acordo com Rauen. A licitação de compra dos novos equipamentos é o próximo passo. O prazo para a restauração do São Francisco é de seis meses.

Os pacientes em estado grave poderão ficar internados até 24 horas no novo hospital. Entretanto, um centro cirúrgico não consta na reforma. 



WENCESLAU BRAZ
Situação similar a de Wenceslau Braz, onde a vigilância sanitária encerrou o centro cirúrgico há cinco anos. "O hospital perdeu em média R$ 700 mil por ano de atendimento particular com o fechamento do centro cirúrgico", afirmou o prefeito Paulo Leonar (PDT). Todos os procedimentos cirúrgicos – inclusive cesáreas - são feitos em municípios próximos como Santo Antônio da Platina.

Os R$ 60 mil mensais de custeio da prefeitura por meio de convênios é o que tem garantido hoje o atendimento nos leitos do Hospital São Sebastião. O município que conta com pouco mais de 22 mil habitantes possui 6 UBSs. "Às vezes o hospital fica sobrecarregado porque a população não entende a diferença de atenção básica – das UBSs – e de emergência", alegou Leonar. 



No dia 30 de julho foi aberta a licitação de quase R$ 1 milhão para a ampliação dos leitos e construção do centro cirúrgico do único hospital do município. Segundo o prefeito, a conta já está aberta e o empenho, advindo do Estado, está garantido. A expectativa é que as obras comecem no próximo mês e sejam concluídas até março de 2019.



Isabela Fleischmann
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA


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