‘Tudo isso não passou de um equívoco’, diz professor suspeito de matar diretor de universidade no Paraná
‘Equívoco’, diz professor suspeito de matar diretor de universidade no Paraná |
Sérgio Roberto Ferreira, de 60 anos, morreu depois de ser agredido dentro da instituição
na noite de quinta-feira (20). Laurindo, de 44 anos, foi preso em
flagrante, na madrugada de sexta-feira (21), em Teodoro Sampaio, em São
Paulo, e confessou o crime, de acordo com a polícia.
No mesmo dia, a Justiça de Presidente Venceslau (SP) ouviu o professor. A audiência foi gravada em vídeo.
“Tudo isso não passou de um equívoco. De algo que poderia ter sido evitado e, muitas pessoas envolvidas, não se envolveram, ao nível, à altura do que vinha acontecendo, é isso que eu tenho a dizer. Tudo o que aconteceu foi um equívoco, eu nunca imaginei em tá cometendo um...[interrupção do juiz]”, afirmou o suspeito ao juiz.
Durante a audiência, Laurindo negou ter passagens pela polícia e pela
Justiça, disse que não sofreu qualquer tipo de agressão ou abuso por
parte dos policiais, mas não quis falar mais até ter um advogado.
“Eu vou me abster de algum relato, até para conversar com um advogado, ver qual que é a orientação que ele vai me dar”, disse.
Até a publicação desta reportagem, o professor não tinha defesa constituída.
A investigação
A investigação do caso está sob responsabilidade da Delegacia de
Cornélio Procópio, onde ocorreu o crime. Segundo a Polícia Civil, o
inquérito deve ser concluído até sexta-feira (28).
Até a manhã desta segunda-feira (24), Laurindo continuava preso em São
Paulo. Ele deve ser transfeirdo para Cornélio Procópio, mas não há
previsão para isso acontecer.
Machadinha usada no crime, segundo a Polícia Civil — Foto: Divulgação/Polícia Civil |
O crime
Ao ser ouvido após a prisão, conforme o Boletim de Ocorrência (B.O),
Laurindo confirmou ter ligado para a vítima depois de ter sido advertido
formalmente pela UENP e que pediu um encontro com ele.
O suspeito disse, ainda conforme o B.O, que comprou a machadinha, por
R$ 19, em uma loja de construção na região da universidade e que a
escondeu na mochila enquanto o diretor não chegava ao encontro.
Laurindo relatou, ainda, que os dois discutiram e que ele feriu a
vítima depois que ela disse que emitira uma nova advertência contra ele.
Sérgio foi encontrado na sala onde trabalhava, por funcionários da
UENP. Conforme a polícia, ele levou golpes no crânio, no pescoço, no
abdômen e no joelho. A vítima chegou a ser levada para o hospital, mas
não resistiu.
Os funcionários disseram à polícia que no local havia sinais de
possível luta corporal e também um papel no qual continha uma
advertência para Laurindo.
De acordo com o delegado Luciano de Souza Purcino, os funcionários
também relataram que o suspeito tinha um histórico de problemas
comportamentais.
No banco do passageiro no carro do suspeito, os policiais apreenderam,
com marcas de sangue, a machadinha supostamente usada no crime.
FONTE - G1 PR
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