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Ao tomar posse, Ratinho Jr. diz que rompe com oligarquias do Paraná

O novo governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), prometeu nessa terça-feira (1), ao tomar posse na AL (Assembleia Legislativa) e no Palácio Iguaçu, em Curitiba, governar com planejamento, transparência e corte de privilégios. "Não viveremos mais em um estado de improviso. Vamos planejar o nosso futuro", discursou. Segundo ele, a população espera um modelo de gestão eficiente, com transparência e respeito ao dinheiro público. "Vamos aposentar os velhos dilemas ideológicos e as velhas formas de confrontação e enfrentar os nossos problemas com cooperação", prosseguiu.

Ratinho e seu vice, Darci Piana (PSD), chegaram à AL às 8h15, acompanhados de suas esposas, Luciana Saito Massa e Maria José Piana, respectivamente. Foram recebidos pelo presidente do Legislativo, Ademar Traiano (PSDB), na rampa principal. Em seguida, se encaminharam ao Salão Nobre, onde aconteceu o primeiro rito de transmissão de cargo, com duração aproximada de uma hora. O político lembrou que, no mesmo plenário, há 16 anos, como deputado estadual, começou a consolidar seu projeto. "Foi onde aprendi que ouvir, ponderar e ter serenidade para tomar as decisões é mais importante que ter razão".

PRATA DA CASA
O governador relembrou sua trajetória "de muita luta, muito trabalho e muita confiança" e disse que é possível romper com tradições e com modelos antigos para estabelecer um novo jeito de fazer política. Ele se licenciou durante a maior parte do último mandato de deputado, encerrado agora, para chefiar a Secretaria de Desenvolvimento Urbano na gestão de Beto Richa (PSDB). "Tenho orgulho de ser o primeiro governador eleito nos últimos 40 anos sem fazer parte de nenhuma oligarquia. Tenho orgulho de ter uma história familiar de superação". Ao citar seu pai, o apresentador de televisão e empresário Carlos Roberto Massa, de quem herdou o nome e o apelido, o pessedista se emocionou.

Apoiador de Ratinho desde o primeiro turno, Traiano também destacou que o agora governador "nasceu politicamente" na Casa. "Nossas esperanças estão depositadas a partir de hoje [terça-feira] na sua pessoa, na sua jovialidade, no seu espírito empreendedor (?) O momento exige de todos os governantes muita responsabilidade, eficiência, zelo pelo dinheiro público e transparência. Tenho confiança e certeza absoluta, conhecendo Ratinho Junior, de que o Paraná estará em boas mãos", completou o tucano.

A dupla de moda de viola Bruno Cézar e Leandro, de Pinhais, acompanhada de Fabiano Bianck, foi a encarregada de executar o hino nacional e o hino do Paraná. De acordo com Traiano, eles foram convidados a pedido do próprio governador eleito, como forma de homenagear suas origens. Os três também cantaram "Bicho do Paraná" e, ao final da cerimônia, "Amanheceu, Peguei a Viola".

SEM MENÇÃO A RICHA
Na sequência, o governador passou em revista à tropa da PM (Polícia Militar) na rua em frente à Assembleia, em direção ao Palácio, onde ocorreu a segunda parte do rito. Foi recebido pela governadora Cida Borghetti (PP), no gabinete no 3º andar. Já a solenidade aconteceu do lado de fora, numa tenda montada especialmente para a ocasião. Ventiladores foram colocados para amenizar o forte calor. Cida e Ratinho discursaram e, só então, se deu a posse dos secretários de Estado. Nem um dos dois citou o ex-governador Beto Richa (PSDB) em suas falas.

Conforme os organizadores, mais de duas mil pessoas acompanharam a cerimônia. Ratinho, contudo, saiu com pressa, às 11h20, atrasado para viajar a Brasília, onde acompanharia a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Em rápida conversa com a imprensa, destacou o "enxugamento da máquina" - cortou de 28 para 15 o número de secretarias -, e adiantou que seu primeiro ato de gestão será devolver o avião alugado do governo. "Tenho consciência do nosso dever e responsabilidade. [Vou] fazer do Paraná o estado mais moderno do Brasil".


Mariana Franco Ramos/Reportagem Local

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