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Calor que parece não ter fim

Previsão é que os termômetros registrem uma leve queda somente na próxima segunda-feira
O sol tem sido um "companheiro" inseparável na região de Londrina nas últimas semanas e também um dos assuntos mais comentados nas ruas. Não é à toa. Há tempos, ou melhor, há 26 anos não fazia tanto calor como o registrado na última terça-feira (29). Dados da estação meteorológica do Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), apontam que a temperatura chegou aos 36.2 ºC por volta das 14h30. O último registro tão alto tinha sido no dia 2 de janeiro de 1993.

Dá até um desânimo na gente. É preguiça, suor sem fim e uma dificuldade enorme para dormir. Ninguém está mais aguentando esse clima", reclama a diarista Romilda da Rocha Pita de Miranda. Se para ela, que estava caminhando pelas ruas do centro, a sensação já estava insuportável, imagine para Vanderlei Antônio Segabinazzi, que trabalha perto do fogo. Há 19 anos, ele comanda os assados em uma churrascaria na zona oeste da cidade. "Acostumar é difícil. A temperatura perto da brasa chega a uns 70ºC e tem horas que a gente chega a passar mal, tem tontura. O jeito é dar uma escapada e ir tomar um ar fora", conta.

Gina Mardones
Gina Mardones - Previsão é que os termômetros registrem uma leve queda somente na próxima segunda-feira
Previsão é que os termômetros registrem uma leve queda somente na próxima segunda-feira


A meteorologista Heverly Morais lembra que "nosso verão é quente mesmo, mas como janeiro é um período típico de chuva abundante, as temperaturas geralmente são mais amenas. A questão é que não chove há dez dias e o último registro, no dia 19 de janeiro, foi apenas um chuvisco", comenta.

O Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná) registrou um total de 131 milímetros de chuva do início do mês até a manhã de quarta-feira (30), enquanto que a média histórica é de 230 milímetros. A justificativa dos meteorologistas para a falta de chuva é que as frentes frias não estão tendo força para avançar pelo Estado.

Com o predomínio do sol e as temperaturas passando de 30ºC, a umidade relativa do ar tem ficado abaixo do índice de 60% que a OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza como adequado para a saúde da população.

De acordo com o Simepar, em todo o Estado a umidade relativa do ar tem ficado entre 30% e 35%. Com esse clima, o jeito tem sido driblar o calor ingerindo bastante líquido e "fugindo" do sol. "Este ano está muito mais quente que o normal, então é garrafa com água congelada na mochila, manga comprida, chapéu para não queimar a pele e alguns intervalos na sombra", diz Cristiano de Souza, que faz a varrição das ruas no entorno da Catedral Metropolitana. "Perto do meio-dia fica ainda pior porque sobe um calor insuportável do asfalto", completa seu colega de trabalho, Geraldo Carvalho.

Por outro lado, a comerciante Quedima Oliveira Carvalho tem comemorado o verão intenso. "Dobramos a venda de água, sorvete e suco de laranja", afirma a proprietária de uma lanchonete no Calçadão.

Quem também tem se beneficiado com o trabalho ultimamente é Aguinaldo Romeiro, que faz a lavagem do Bosque Central. "É uma vantagem porque o Bosque já é um lugar mais fresco e mexendo com água então, dá uma boa aliviada no calor. Não posso reclamar", diz.

EM FEVEREIRO
Mas a pergunta que não quer calar é: quando vem a chuva? Se a previsão do Simepar se confirmar, há uma chance chover cerca de 30 milímetros entre o sábado e domingo. Quanto às temperaturas, a expectativa é que os termômetros registrem uma leve queda na próxima segunda-feira (4), com máxima chegando a 27ºC.

Porém, o sol não irá abandonar os londrinenses tão cedo. No decorrer da primeira semana de fevereiro, os meteorologistas destacam que os termômetros voltam a subir para a casa dos 30ºC.

Folha Arte
Folha Arte

Micaela Orikasa
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA

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