Justiça recebe denúncia, e delegado vira réu por duplo feminicídio de esposa e enteada
O delegado Erik Busetti virou réu pelo duplo feminicídio da esposa
e enteada dele. A denúncia foi recebida pela Justiça na
segunda-feira (23).
Busetti é acusado
de ter matado a tiros a policial civil Maritza Guimarães de
Souza, de 41 anos, com quem era casado, e a filha dela, Ana Carolina de Souza
Holz, de 16 anos.
O crime ocorreu no fim da noite do dia 4 de março, no bairro
Atuba. O delegado foi preso em flagrante e está detido preventivamente no
Complexo Médico-Penal, em Pinhas, na Região Metropolitana de Curitiba.
De acordo com a denúncia do Ministério Publico do Paraná (MP-PR)
que foi aceita pela Justiça, as duas vítimas não puderam se defender.
No caso do homicídio de Maritza, o crime também tem a qualificadora
de motivo torpe porque, segundo a acusação, ele não aceitava os termos do fim
da relação.
O casal estava junto há aproximadamente dez anos, e estava em
processo de separação há pelo menos um ano, conforme o relato de testemunhas e
familiares à Polícia Civil.
O crime
De acordo com a Polícia Civil, imagens de câmeras de segurança
mostram que o casal discutiu por pelo menos três horas antes do crime, e que
Maritza tentou fazer as malas indicando que sairia de casa, mas ele a impediu.
Segundo a polícia, Erik disparou pelo menos sete tiros contra a
esposa e seis contra a enteada. As vítimas morreram abraçadas.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, uma filha do
casal, de oito anos, estava em um quarto ao lado da sala onde o crime
aconteceu.
A criança não ficou ferida e foi levada para a casa de um
vizinho pelo acusado após o ocorrido.
O que dizem os citados
A defesa de Erik Busetti afirmou que irá se manifestar nos
autos.
Os advogados da família da Maritza afirmarão que vão se
habilitar como assistentes de acusação no processo.
A defesa de Ana Carolina afirmou que os trâmites do caso correm
"de acordo com o esperado" e que espera que Erik seja submetido ao
Tribunal do Júri "onde esperamos alcançar exemplar e rigorosa punição pela
atrocidade do crime que ele cometeu".
FONTE – G1 PR
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