TJ-PR decide que pai e avó de menina enterrada em quintal em Rolândia vão a júri popular
O
pai e avó de uma menina de 11 anos encontrada enterrada no quintal de um imóvel da
família, em Rolândia, no norte do Paraná, vão a júri popular. A
decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) é desta
quinta-feira (5). A data do julgamento não está marcada.
O corpo de Eduarda Shigematsu foi encontrado no fim de abril de 2019.
O pai dela, Ricardo Seidi, que está preso, é réu por homicídio qualificado (asfixia, dificultar defesa da vítima e
feminicídio), ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
Ele confessou que enterrou o corpo da filha, mas nega que tenha matado a criança.
A versão do pai indica que ele encontrou a filha pendurada por uma corda na
porta do quarto e que, no desespero, ocultou o corpo.
A avó de Eduarda,
Terezinha de Jesus Guinaia, foi denunciada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), mas
o juiz da primeira instância entendeu que não havia indícios suficientes da
participação dela.
Após o recurso ao TJ-PR, os desembargadores decidiram que
a avó será julgada no Tribunal do Júri pela prática dos crimes de ocultação de
cadáver e de falsidade ideológica.
Ela chegou a ser
presa suspeita de participação na morte da neta. Depois, foi autorizada pela
Justiça a responder ao processo em liberdade. Terezinha sempre negou qualquer
envolvimento no caso.
Conforme a análise da
relatoria do caso, as circunstâncias que envolvem os fatos apontam para a
premeditação do crime. Sobre a avó, o entendimento foi o de que, ciente da
rejeição do pai em relação à menina, ela não adotou cuidados de proteção
necessários.
O G1 tenta contato com as defesas dos citados.
Relembre o caso
A criança desapareceu
em 24 de abril de
2019, em Rolândia. Quatro dias depois, a Polícia Civil encontrou o corpo
enterrado nos fundos de uma casa que pertence ao pai da menina, Ricardo Seidi.
·
Pai de Eduarda Shigematsu diz à Justiça que escondeu
morte e ocultou corpo da filha sozinho
·
Um exame do Instituto
Médico-Legal (IML) apontou que a menina
Eduarda Shigematsu morreu por esganadura - o que contraria
a versão do pai.
Ele foi preso por
suspeita de ocultação no mesmo dia em que o corpo foi achado. Eduarda nasceu
quando a mãe dela tinha 16 anos. Jéssica Pires perdeu a guarda da menina logo
depois de se separar de Ricardo Seidi.
FONTE – G1 PR
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