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Cocamar distribui mais de R$ 103 milhões aos cooperados


 Maior parte dos recursos, cujos cheques começam a ser entregues na segunda-feira (14), equivalem a sobras do exercício 2020


A Cocamar anunciou no final da tarde de sexta-feira (11/12) durante transmissão ao vivo em seu canal no Youtube, a distribuição de R$ 103,685 milhões aos produtores cooperados. Do total, R$ 76,145 milhões são de sobras do exercício 2020, R$ 14,840 referem-se a pagamentos da participação de produtores em programas da cooperativa e R$ 12,700 milhões vão creditados na conta capital dos cooperados.   


Superação - “São números surpreendentes para um ano tão atípico”, comentou o presidente executivo Divanir Higino. Ele destacou que por conta de fatores como um trabalho de superação e inovação realizado pela Cocamar, que recebeu volumes recordes de soja, milho e trigo, e a forte alta do dólar sobre o real, o faturamento do grupo Cocamar deve fechar o ano em quase R$ 7 bilhões, bem acima dos R$ 6 bilhões previstos no planejamento estratégico 2015-2020 e 48% a mais em comparação aos R$ 4,6 bilhões obtidos em 2019. Além disso, duas novas indústrias entraram em operação (rações e fertilizantes foliares) e, entre outras realizações, foi lançado um programa de produção de carne precoce premium. 


Agendamento - A entrega dos cheques começa a ser feita às 8h de segunda-feira (14), por agendamento, em todas as 87 unidades de atendimento espalhadas pelos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. São mais de 15 mil cooperados e um esquema especial vai ser montado nos locais para evitar aglomerações. 


Valores - A distribuição dos valores é proporcional ao volume de entrega da produção na cooperativa. Para cada saca de soja depositada, o cooperado vai receber R$ 2,30; para cada saca de milho e trigo, R$ 0,55 a mais; para o trigo dos tipos II e III, R$ 1,50 adicionais por saca. Os produtores de café e laranja também vão ser contemplados, respectivamente com R$ 6,00 a saca e R$ 0,20 a caixa. 


Programas - Em relação aos programas, vão ser pagos R$ 1,20 por saca de soja de pequeno produtor participante do Selo Social (destinado à produção de biodiesel), R$ 11,02 por saca de soja para semente, R$ 4,30 por saca de trigo para semente, R$ 4,00 por saca de trigo branqueador, R$ 7,21 por caixa de laranja aos cooperados da Coopsoli (cooperativa mantida pela Cocamar para acessar o mercado solidário internacional) e R$ 8,1 milhão em restituição de ICMS. 


Participação e confiança - “Estamos terminando o ano com o sentimento de um trabalho bem feito”, frisou Higino, salientando que as sobras “são uma remuneração pela participação e a confiança dos cooperados na cooperativa”. 


Comunidades - A pulverização dos recursos, segundo ele, vai beneficiar também o comércio em todas as regiões. “Sabemos que muitos setores enfrentaram e ainda enfrentam  dificuldades por conta da pandemia”, lembrando que a cooperativa, por meio de doações de alimentos, equipamentos e vários outros itens, como máscaras, tem prestado apoio ao longo do ano a hospitais, entidades assistenciais e outros setores nos municípios onde mantém operações. 


Desafios - “2020 tirou a todos da zona de conforto e nos fez ver a vida de uma forma diferente, citando que um desafio para a Cocamar, por conta de um expressivo ganho de participação de mercado em todas as regiões, foi receber mais de 50 milhões de sacas na soma de soja, milho, trigo e café, o maior volume de todos os tempos. 


Rápida comercialização - Embora a cooperativa tenha capacidade estática para armazenar 1,6 milhão de toneladas, foi preciso locar estruturas nas regiões de Maringá e Londrina. Outro desafio inesperado, em razão das oportunidades oferecidas pelo mercado, foi fazer a aquisição das safras em um curto período. Até abril, 90% da safra de soja estava comercializada e os cooperados receberam seus pagamentos à vista. “Suportamos com desenvoltura os desafios, numa demonstração de solidez, agilidade e profissionalismo, sem perder a qualidade do atendimento”, disse o presidente. 


Digital - Higino mencionou ainda que a cooperativa promoveu ajustes em suas estruturas para evitar aglomerações e reduzir riscos de contágios entre cooperados e colaboradores, adaptando-se rapidamente a novas formas de comunicação, chegando a organizar um día de campo digital e levando informações técnicas aos produtores ao realizar, com bons resultados, um ciclo de debates pela internet. 


Preços - O vice-presidente da cooperativa, José Cícero Aderaldo, citou que o preço médio da soja comercializada na cooperativa foi de R$ 86,00 a saca, garantindo boa rentabilidade. Ele lembrou que em um único dia, quando a cooperativa ofertou R$ 90,00 pela saca do grão, cerca de 150 mil toneladas foram vendidas. “Poucos, no entanto, puderam aproveitar as cotações acima de R$ 140,00 observadas nos últimos meses, porque já não tinham o que vender.” Em relação ao milho, a cotação média da saca é superior a R$ 50,00 e ainda há 25% da safra para fixar. 


Compromisso - “Os cooperados são os donos da cooperativa e a sobras correspondem ao retorno da sua participação”, comentou o presidente do Conselho de Administração, Luiz Lourenço, salientando que os recursos vão ficar na região. Se fosse uma empresa mercantil com sede em outras regiões do país ou do mundo, o dinheiro iria embora. “A Cocamar tem compromisso com as regiões”, completou.

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