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GM vira réu e é afastado das funções acusado de assassinato na zona leste


 Um GM (Guarda Municipal) de Londrina foi afastado das funções por, pelo menos, 90 dias, por determinação da Justiça. Ele é acusado de ter assassinado um homem a tiros em outubro na Vila Fraternidade, na zona leste. O agente público, que não teve o nome e nem a idade divulgados, foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio qualificado e denunciado pelo MP-PR (Ministério Público do Paraná). A 1ª Vara Criminal aceitou a denúncia, ou seja, o guarda se tornou réu. Ele responde em liberdade.

 

Polícia Civil e Secretaria de Defesa Social apresentaram dados da investigação em entrevista coletiva
Polícia Civil e Secretaria de Defesa Social apresentaram dados da investigação em entrevista coletiva | Pedro Marconi - Grupo Folha
 

Segundo a Polícia Civil, o crime teria sido motivado após uma discussão envolvendo a vítima e o GM um dia antes da execução. José Maria Diocesano de Souza, de 57 anos, estaria consumindo drogas perto da casa da avó do agente, o que teria desagradado o servidor. “Na ocasião, identificou-se que um motociclista efetuou os disparos. Logo na sequência surgiram as informações de que poderia ser um guarda. Identificamos que o agente tinha uma moto da mesma marca, modelo e cor da utilizada no crime, embora o motociclista tenha usado no crime uma sacola para encobrir a placa”, explicou João Reis, titular da delegacia de Homicídios. 


A Secretaria de Defesa Social colaborou com as investigações. Durante a apuração na esfera criminal, e diante dos boatos de que o assassino teria sido o guarda, a pasta recolheu a arma dele e disponibilizou para a Polícia Civil. “Após diligências requisitamos a arma funcional e uma particular dele. Mandamos para o Instituto de Criminalística, que confirmou que a munição usada no crime foi disparada pela arma funcional do GM”, destacou.  


A perícia também apontou que a munição não era da corporação. O servidor estava de folga. “Foi premeditado. Ele preparou a situação, foi até o local com a motocicleta, encobriu a placa, utilizava capuz e máscara. Não pretendia ser identificado. Ele agiu sozinho e de forma isolada”, frisou o delegado. “(O crime) não teve nada a ver com a Guarda Municipal”, esclareceu o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial, Amarantino Ribeiro. 


APURAÇÃO ADMINISTRATIVA

Desde que o GM começou a ser investigado, o caso foi repassado para a Corregedoria da Guarda Municipal. Agora, os autos do processo deverão ser solicitados para averiguar transgressões na esfera administrativa. “Com a determinação judicial, em razão da conclusão do inquérito, nós já repassamos para a Corregedoria fazer o requerimento dos autos para que possamos avaliar se tem alguma infração administrativa que já esteja evidente e que possa ensejar um processo administrativo disciplinar em relação à permanência dele ou não nos quadros da GM”, afirmou o secretário de Defesa Social, Pedro Ramos. 


O secretário relatou que o guarda municipal está na corporação há cerca de dez anos e não tinha histórico de problemas. “Para nós é evidente que nunca esperamos um crime por parte de um agente de segurança, até porque nossa responsabilidade é evitar o crime. É sempre uma surpresa quando isso acontece, mas, infelizmente, o fato ocorreu. Por se tratar de agente público, além de responder na Justiça, vai responder administrativamente, independentemente do desfecho da ação penal que ele vai responder”, comentou. 


FONTE - Pedro Marconi - Grupo Folha - FOLHA DE LONDRINA

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