Autismo "pode passar"? 5 coisas que é preciso saber sobre o diagnóstico
“Meu filho tem autismo. E agora?” Essa é a pergunta que geralmente acompanha o primeiro impacto de mães e pais ao receberem o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). Em linhas gerais, o transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento, caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.
Os sinais de alerta podem ser percebidos já nos primeiros meses de vida, e o avanço nos protocolos e estudos acerca do tema têm proporcionado diagnósticos mais precoces. Entender mais a fundo sobre o quadro permite que pais e cuidadores tenham mais ferramentas para lidar com os desafios do dia a dia, bem como para proporcionar mais qualidade de vida para a criança.
Em 2018, a empresária Ingrid Monte identificou em seu filho, com pouco mais de 2 anos, algumas características clássicas de quem está dentro do Espectro Autista, como não responder ao seu chamado, baixo contato visual e a não interação, além da falta de interesse por outras crianças. Até então, Ingrid Monte ainda não tinha o diagnóstico médico. “Quando descobri o autismo do meu filho, senti um abismo imenso e percebi o quanto eu estava despreparada. Debater a questão era algo muito difícil tanto para as escolas, quanto para as famílias e para a sociedade em geral. Tudo é muito complexo, pouco aprofundado, sem contar o emocional. A mãe nunca espera esse tipo de diagnóstico”, pontua Ingrid Monte.
“No autismo, o diagnóstico é feito por uma equipe composta por profissionais de diferentes áreas avaliando aspectos do comportamento da criança”, explica a Psicóloga Especialista em ABA, Julia Amed, da clínica multidisciplinar de cuidado e desenvolvimento de crianças autistas e suas famílias, Genial Care. “Para se chegar ao diagnóstico final e fechar o laudo, são utilizados instrumentos de medida/avaliação validados cientificamente”.
O que é preciso saber ao descobrir o diagnóstico?
1) O autismo não tem cura
O Transtorno do Espectro Autista não tem cura pois não é uma doença, e isso é algo muito importante a saber. No entanto, é crucial saber que existem intervenções primordiais para o desenvolvimento do potencial da criança e suas habilidades, o que impacta diretamente na qualidade de vida.
2) É necessário conhecer bem o autismo
“Uma vez recebido o diagnóstico, é preciso ir atrás de informação. Isso é algo fundamental para os pais, que terão ferramentas para compreender as necessidades dos filhos, buscando as melhores soluções para cada situação. O conhecimento sobre o transtorno também é muito importante para munir esses pais que precisam lidar com desafios e dificuldades diárias”, ressalta a Psicóloga Especialista em ABA, Julia Amed.
3) Observe as reações do seu filho
O autismo não é, definitivamente, uma condição previsível. A cada dia podem acontecer situações diferentes e novos desafios. Por isso, é crucial observar a criança em busca de perceber o que desencadeia comportamentos desafiadores, o que estressa, o que assusta, assim como o que provoca uma resposta positiva ou calmante. Isso auxilia a solucionar problemas e prevenir ou transformar situações mais difíceis.
4) Persistência e acolhimento
Não desistir, por mais desafiador que seja, é primordial para o suporte e desenvolvimento da criança. “O acompanhamento adequado traz diversos benefícios para a criança, como a evolução e intervenção de qualidade, a melhora dos comportamentos desafiadores e a maior independência e melhor futuro. Também é positivo para os pais e cuidadores, com o protagonismo na evolução da criança, menos sobrecarga e mais descanso, com suporte e acompanhamento”, aponta a Psicóloga Especialista em ABA, Julia Amed.
5) O cuidado é a chave
Pode parecer uma orientação clichê ou generalista, mas acredite: seu filho é único e merece todo amor e cuidado. “Nos momentos mais desafiadores dos cuidados relacionados ao TEA, não é incomum que haja nos pais uma sensação de cansaço ou impotência. Porém, não se esqueça que é muito importante para a criança saber que é amada e aceita como é, e isso realmente tem um grande poder de transformação. Pais bem orientados em relação ao cuidado ajudam a potencializar a evolução de seus filhos”, finaliza Julia Amed.
Genial Care
Genial Care, clínica multidisciplinar que conecta tecnologia e embasamento científico às pessoas. A startup tem o compromisso de criar ferramentas para ajudar no desenvolvimento de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e capacitar e apoiar pessoas cuidadoras nessa jornada. Atualmente, conta com mais de 100 colaboradores dispostos a transformar a vida das famílias que convivem com autismo no Brasil.
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