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ESPORTES - Número 2 do mundo, tenista celebra ano de conquistas

De passagem por Londrina, o gaúcho Orlando Luz descarta comparações com Gustavo Kuerten, maior nome da modalidade no País

Gustavo Carneiro
Orlando Luz planeja com cautela a transição para o tênis profissional
Ele é o segundo melhor tenista juvenil do mundo na atualidade. Em 2014, nenhum brasileiro brilhou mais que Orlando Luz no cenário internacional. Aos 16 anos, o gaúcho foi responsável por quebrar alguns tabus importantes para a modalidade.

Em março deste ano, ganhou o Banana Bowl, feito que um brasileiro não conseguia desde 1981. Em 6 de julho, venceu o torneio juvenil de duplas do tradicional Grand Slam de Wimbledon, em Londres, ao lado do conterrâneo Marcelo Zormann. Foi o primeiro título de um brasileiro na grama sagrada da capital inglesa desde 1966, ano em que Maria Esther Bueno venceu ao lado da norte-americana Nancy Richey. Para fechar, Luz ainda ainda repetiu o feito nas Olimpíadas da Juventude de Nanquim, na China, em agosto, ao lado do mesmo parceiro. E levou a prata no torneio de simples.

Por tudo isso, as comparações já são inevitáveis. Sob os ombros do garoto já pesa a alcunha de ser o "novo Guga". Mas ele se mostra tranquilo. Apesar de não aceitar, encara tudo com a mesma maturidade que mostra em quadra. "A pressão sempre existiu desde quando não era comparado a alguém. O pessoal tem falado novo Guga, mas acho que isso não existe, podem ter pessoas melhores, pessoas piores e a gente pode se espelhar neles, mas igual esses caras nunca vai existir. Tenho que trabalhar muito para poder chegar perto dele", falou o jovem, segundo colocado no ranking da Federação Internacional de Tênis (ITF), com 1.283,75 pontos.

Tanto quer tratar tudo da forma mais natural possível que ele não se deixa levar pela euforia e revela pensar na transição para o profissional de forma bastante planejada. Tudo para não repetir outras grandes promessas, que brilharam nas categorias menores, mas acabaram parando no meio do caminho.

"Não vai ser do dia para a noite que vou virar um profissional bem sucedido, que todo mundo vai me conhecer. Acredito que tenho que estar bem concentrado no dia a dia que as oportunidades vão aparecer, e a gente tem que estar preparado. Se eu estiver, a chance de ir bem e aumentar o ranking será maior", diz Luz.

Orlandinho desembarcou ontem em Londrina, onde acontece etapa do Circuito Mundial Juvenil, vindo do México, onde ajudou a seleção brasileira a ficar com o quinto lugar na Copa Davis Júnior. "Foi um belo resultado, perdemos só para a França, no detalhe. Foi uma experiência legal", ressalta.

Na sequência, serão 15 dias de folga até os próximos compromissos. Serão quatro Futures, torneios profissionais, em Porto Alegre, São Paulo, Santa Maria (RS) e Itajaí (SC), já como parte deste processo de transição.

"É o melhor momento da minha vida, da minha carreira. Sou número 2 do mundo, ano passado quando cheguei aqui eu era (número) 100. É um salto grande, mas tenho que continuar trabalhando, isso ainda não é nada, tem muitos torneios para virem ainda", encerrou o garoto, que foi vice-campeão da categoria 18 anos do torneio londrinense em 2013.
FONTE - FOLHA DE LONDRINA
Rafael Souza
Reportagem Local
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