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GLP a granel tem reajuste de até 18% no Paraná

GLP a granel tem reajuste de até 18% no Paraná

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Alta do gás pode interferir no custo da alimentação fora de casa e de produtos industriais
Os revendedores de gás liquefeito de petróleo (GLP) de Londrina começaram a receber ontem o produto com reajuste médio de preço de 15%, mas que pode chegar a 18%. A Petrobras anunciou o aumento nas refinarias na última sexta-feira e a vigência a partir do último sábado, somente para o combustível de uso comercial, industrial ou granel, comum também em condomínios residenciais.

De acordo com a estatal, os botijões de 13 kg, conhecidos como P-13 kg ou gás de cozinha, continuam com o mesmo valor desde 2002 (só tiveram reajuste da inflação nas revendas). O segmento corresponde a aproximadamente 75% de todo o consumo nacional de GLP e interfere na composição da inflação, por fazer parte das despesas familiares.

No entanto, a alta do produto envasado P-20 kg, P-45 kg e granel pode interferir no custo da alimentação fora de casa e de produtos industriais. Os segmentos respondem pelos 25% restantes do consumo nacional.

Em nota, o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg-BR), Alexandre Borjaili, afirmou que mesmo com os preços internacionais do gás em queda desde setembro, foi autorizado o reajuste de 15% para o Rio de Janeiro e de 18% para São Paulo.

Na refinaria de Araucária, no Paraná, um revendedor ouvido pela FOLHA disse que recebeu o produto com alta que chegaria a 18%. A coordenadoria de imprensa da Petrobras não confirmou o percentual e informou que a companhia divulgou apenas o aumento médio, que muda segundo questões específicas e comerciais de cada estado.

Borjaili lamentou a alta. "Como em nosso setor a colocação de dois pesos e duas medidas são aplicados de forma corriqueira, os consumidores que moram em prédios (condomínios) que precisam utilizar do P-45 kg serão penalizadas com este novo aumento", disse, na nota.

Para o chefe do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Renato Pianowski, não era surpresa que a Petrobras precisava reajustar todos os derivados de petróleo para fazer caixa. "Fico surpreso só por ter sido feito na calada da noite, como esse governo disse que nunca faria", afirma.

O economista lembra que o P-13 kg acaba subsidiado pelos consumidores de produtos em vasilhames maiores. "Quem compra botijão para o restaurante vai repassar custos e quem mora em edifício terá impacto no custo do condomínio e vai frear o consumo para compensar", diz. "Mas não há milagre: a Petrobras está em uma situação terrível e precisa do reajuste de preços", completa.
Fábio Galiotto
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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