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Chá de bebê em posto de saúde gera polêmica
Unidade teria ficado fechada por três horas para realização de festa; prefeitura alega que houve reunião de trabalho no horário
"É péssimo isso. Neste horário, os funcionários deveriam estar prestando serviço à população", criticou a estudante Érika Silva
"Vi que estava fechado e estranhei. Se realmente fecharam para isso não está certo", destacou a auxiliar de serviços gerais Tereza Leal
A denúncia sobre o suposto fechamento irregular de um posto de saúde no horário de expediente para realização de um chá de bebê no final da semana passada vai ser apurada pela Corregedoria Geral do Município. O caso veio à tona ontem, depois que uma das trabalhadoras que participaram da festa postou fotos do evento em uma rede social. A celebração teria ocorrido na sexta-feira, quando a unidade básica de saúde do Jardim Itapoã, na zona sul de Londrina, ficou fechada das 11 às 14 horas.
A secretária municipal interina da Saúde, Suzana Verlingue Rodrigues, afirmou ontem que o posto ficou fechado por três horas entre o final da manhã e o início da tarde de sexta-feira para uma reunião mensal geral de balanço, em que são avaliadas as atividades do mês anterior e planejadas as do seguinte. "Trata-se de um planejamento das ações e do fluxo de trabalho", explicou.
Segunda ela, foi apurado que, após o término da reunião, funcionários entregaram presentes a uma servidora gestante, que não teve seu nome revelado, e que não foi servida comida na oportunidade. Mesmo assim, o caso será apurado pela Corregedoria Geral.
"O secretário (Mohamad El Kadri, que está em férias) tomou conhecimento do caso na sexta-feira à tarde e já notificou a corregedoria, que vai instaurar um processo administrativo para apurar. Se for constatada alguma irregularidade, os servidores serão responsabilizados de acordo com o Estatuto do Servidor", disse a secretária, acrescentando que a análise será feita em caráter de prioridade.
Suzana disse ainda que, como se trata de uma reunião previamente agendada, a direção da unidade avisou os moradores sobre o fechamento por meio de um cartaz na entrada. Ela negou ainda que as confraternizações sejam comuns e revelou ter ficado surpresa com a repercussão do caso. Através de sua conta no Facebook, o prefeito Alexandre Kireeff também garantiu que o caso não passará em branco. "Será apurado através de sindicância interna e certamente haverá punições se comprovada a conduta inaceitável", prometeu.
O centro de saúde do Jardim Itapoã tem uma área de abrangência que contempla também moradores dos jardins Cristal, Franciscato 1 e 2, Jatobá, Novo Perobal, Santa Joana, Piazentim, Parque Residencial Campos Elíseos, Conjunto Habitacional São Lourenço e Assentamento São Marcos. Pacientes que passaram pelo local no dia do fechamento contaram que viram o cartaz avisando da reunião.
Moradora do Jardim Perobal, a auxiliar de serviços gerais Tereza Aparecida Leal disse que passou em frente ao centro bem no momento em que estava fechado. "Vi que estava fechado e estranhei. Se realmente fecharam para isso não está certo. O povo todo doente e eles fechando para festinha, não está certo. Eu mesmo tenho uma guia de atendimento, estou na fila há três meses e até agora nada", criticou ela, que tem uma lesão muscular no braço esquerdo.
A estudante Érika Silva contou que sempre foi bem atendida na unidade, mas mostrou-se chateada com o caso. "É péssimo isso. Neste horário, os funcionários deveriam estar prestando serviço à população. Se isso realmente aconteceu, é uma falta de profissionalismo muito grande", comentou. "É uma falta de respeito com a gente. Não pode. Toda vez que venho aqui medir a pressão tenho que aguardar uma hora. Quando a população precisa tem que estar aberto", reclamou a pensionista Aparecida de Oliveira, moradora do Franciscato.
A secretária municipal interina da Saúde, Suzana Verlingue Rodrigues, afirmou ontem que o posto ficou fechado por três horas entre o final da manhã e o início da tarde de sexta-feira para uma reunião mensal geral de balanço, em que são avaliadas as atividades do mês anterior e planejadas as do seguinte. "Trata-se de um planejamento das ações e do fluxo de trabalho", explicou.
Segunda ela, foi apurado que, após o término da reunião, funcionários entregaram presentes a uma servidora gestante, que não teve seu nome revelado, e que não foi servida comida na oportunidade. Mesmo assim, o caso será apurado pela Corregedoria Geral.
"O secretário (Mohamad El Kadri, que está em férias) tomou conhecimento do caso na sexta-feira à tarde e já notificou a corregedoria, que vai instaurar um processo administrativo para apurar. Se for constatada alguma irregularidade, os servidores serão responsabilizados de acordo com o Estatuto do Servidor", disse a secretária, acrescentando que a análise será feita em caráter de prioridade.
Suzana disse ainda que, como se trata de uma reunião previamente agendada, a direção da unidade avisou os moradores sobre o fechamento por meio de um cartaz na entrada. Ela negou ainda que as confraternizações sejam comuns e revelou ter ficado surpresa com a repercussão do caso. Através de sua conta no Facebook, o prefeito Alexandre Kireeff também garantiu que o caso não passará em branco. "Será apurado através de sindicância interna e certamente haverá punições se comprovada a conduta inaceitável", prometeu.
O centro de saúde do Jardim Itapoã tem uma área de abrangência que contempla também moradores dos jardins Cristal, Franciscato 1 e 2, Jatobá, Novo Perobal, Santa Joana, Piazentim, Parque Residencial Campos Elíseos, Conjunto Habitacional São Lourenço e Assentamento São Marcos. Pacientes que passaram pelo local no dia do fechamento contaram que viram o cartaz avisando da reunião.
Moradora do Jardim Perobal, a auxiliar de serviços gerais Tereza Aparecida Leal disse que passou em frente ao centro bem no momento em que estava fechado. "Vi que estava fechado e estranhei. Se realmente fecharam para isso não está certo. O povo todo doente e eles fechando para festinha, não está certo. Eu mesmo tenho uma guia de atendimento, estou na fila há três meses e até agora nada", criticou ela, que tem uma lesão muscular no braço esquerdo.
A estudante Érika Silva contou que sempre foi bem atendida na unidade, mas mostrou-se chateada com o caso. "É péssimo isso. Neste horário, os funcionários deveriam estar prestando serviço à população. Se isso realmente aconteceu, é uma falta de profissionalismo muito grande", comentou. "É uma falta de respeito com a gente. Não pode. Toda vez que venho aqui medir a pressão tenho que aguardar uma hora. Quando a população precisa tem que estar aberto", reclamou a pensionista Aparecida de Oliveira, moradora do Franciscato.
Rafael Souza
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
