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Discussão sobre pedágio provoca racha no G7

O presidente da Faep, Ágide Meneguette, confirmou ontem saída do grupo

Ricardo Chicarelli/10-08-2015
Contratos com as atuais concessionárias de pedágio do Estado se encerram em 2021
A Federação da Agricultura do Paraná (Faep) confirmou ontem a saída do G7, grupo formado por entidades representativas do setor produtivo paranaense. O presidente da Faep, Ágide Meneguette, encaminhou um ofício para o presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e coordenador do G7, Edson Campagnolo, comunicando a decisão.

O motivo para o racha no G7 teria sido o posicionamento a respeito do pedágio no Estado, conforme apurou a reportagem. A Faep é a favor da proposta de renovação de contratos das atuais concessionárias de rodovias com redução de tarifas e previsão de novas obras, inclusive a duplicação de todas as rodovias que formam o Anel de Integração. No entanto, Meneguette preferiu não comentar o assunto ontem.

Já a Fiep e a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) são contrárias à renovação dos contratos. O presidente da Fiep foi procurado pela reportagem, mas informou que não iria se manifestar sobre o assunto. A Fiep é contra a renovação porque o atual modelo das concessões tem altos custos e baixo investimento.

No final de junho, algumas entidades do G7 como a Faep, Associação Comercial do Paraná, Fecomércio, Faciap e a Fetranspar entregaram ao ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, um documento solicitando a antecipação da renovação do convênio de delegação do pedágio por mais 24 anos contados a partir de 2022.

Quando esteve no Paraná, no dia 21 de agosto, o ministro disse que a renovação das concessões de pedágio no Paraná está em estudos. Naquele momento ele comentou que se for para o bem do Paraná, se reduzir os pedágios, se tiver investimento, o assunto será discutido com o governo do Estado. Do contrário, as concessões terão que vencer e será pensada outra alternativa.

O Anel de Integração do Paraná consiste em uma malha de 2,4 mil km de rodovias, dos quais 1,8 mil km são federais, divididos em seis lotes interligados, administrados pela iniciativa privada e mantidos com a cobrança da tarifa de pedágio. Ele forma um polígono geométrico interligando Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Cascavel, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Maringá, Paranavaí, Londrina e Paranaguá dentro do Estado.

Em documento no site da Faep, a entidade defende que, se o Paraná conseguir a renovação da delegação do governo federal, o governo do Estado poderá tentar uma negociação com as atuais concessionárias para que as obras sejam iniciadas imediatamente e não apenas no final dos contratos que se encerram em 2021.

A entidade defende como obras necessárias as que foram postergadas, as que foram eliminadas por força dos aditivos, e a duplicação de todo o Anel de Integração que hoje tem 2,4 mil km. Segundo a Faep, a negociação deve incluir ainda zerar o passivo judicial desfavorável ao Estado.

Ainda de acordo com a Faep, se não houver a renovação dos contratos, será necessário esperar o término dos contratos, sem obras e com os atuais preços de pedágio corrigidos anualmente. Normalmente, o reajuste anual das tarifas acontece no mês de dezembro.
Andréa Bertoldi
Reportagem Local-folha de londrina
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